Granada da 1ª Guerra foi encontrada em carregamento de batatas na China
O explosivo saiu da França, foi transportado até Hong Kong e não explodiu. Seu destino final era uma fábrica de salgadinhos.
A França enviou uma granada camuflada para a China. Mas calma: não foi um ato de guerra ou coisa do tipo, e sim uma infeliz confusão. No início de fevereiro, uma bomba de mão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi encontrada em Hong Kong em meio a um carregamento de batatas vindas do país europeu.
O explosivo, enferrujado e cheio de terra, foi confundido com os tubérculos e enviado junto com as outras batatas. O destino final era uma fábrica de salgadinhos chamada Calbee Four Seas Company, mas a máquina de controle de qualidade da empresa detectou a bomba antes que ela fosse parar na linha de produção das batatas chips.
A polícia de Hong Kong foi chamada para desativar a granada, que estava em condição instável devido ao tempo desde que ela foram “plantada”. O artefato foi desarmado utilizando uma técnica com água em alta pressão. Veja no vídeo abaixo:
O objeto tinha cerca de 8 centímetros de largura e pesava 1 quilo – o mesmo tamanho de uma batata, mas bem mais pesado. A granada tinha origem alemã e, provavelmente, era um modelo chamado Kugel, desenvolvido em 1913 e que foi deixado pra trás pelas tropas do exército da Alemanha.
“Muitas granadas de mão são deixadas para trás durante os bombardeios, quando uma trincheira inteira é enterrada”, disse ao The New York Times Kwong Chi-man, historiador militar e professor assistente de história da Hong Kong Baptist University.
Não é a primeira vez que Hong Kong precisou lidar com esse tipo de problema. Em 2018, a polícia local desarmou três bombas dos EUA usadas na Segunda Guerra Mundial. Elas pesavam meia tonelada cada e foram achadas em um distrito residencial que precisou ser evacuado da noite pro dia. Em 2014, outra bomba americana foi detonada. Ela pesava uma tonelada.
Granadas e outros tipos de bombas, mesmo com o passar do tempo, são perigosas. Apesar da degradação causada pela água e pela oxidação, o mecanismo explosivo às vezes permanece intacto. Na próxima, talvez seja melhor que os fazendeiros franceses façam a colheita com detectores de metal. Só por precaução.