Como agir em caso de cãibra, torção e outras contusões típicas do futebol?
Na maioria das contusões, a primeira coisa a fazer é deixar a pessoa numa posição confortável, para não forçar o membro atingido, e aplicar gelo por dez a 15 minutos. O gelo é útil em diversas contusões porque alivia a dor, evita que a região machucada inflame, diminui o inchaço no local e ainda acelera […]
Na maioria das contusões, a primeira coisa a fazer é deixar a pessoa numa posição confortável, para não forçar o membro atingido, e aplicar gelo por dez a 15 minutos. O gelo é útil em diversas contusões porque alivia a dor, evita que a região machucada inflame, diminui o inchaço no local e ainda acelera a recuperação. A água gelada e o spray gelado – usado por médicos e massagistas no atendimento aos jogadores profissionais – também têm o mesmo efeito. Depois dos primeiros socorros, o negócio é procurar um médico para ele avaliar o problema, principalmente no caso de torções e lesões musculares. Mas essas são medidas pós-estrago. O melhor mesmo é evitar que as contusões se tornem freqüentes e aí a dica mais importante é manter um bom preparo físico. “Além do futebol, o ideal é praticar alguma atividade que exercite a musculatura usada no jogo, como o cooper, no mínimo duas vezes por semana”, diz o fisiologista Cláudio Pavanelli, que trabalha no Santos Futebol Clube.
Fazer natação, por exemplo, pode ser bom para aumentar o fôlego, mas não prepara seus músculos para o bate-bola. Outro cuidado indispensável é um aquecimento progressivo antes do jogo e uma boa sessão de alongamentos antes e depois da partida. Ainda é fundamental dosar o ritmo na pelada. Afinal, os jogadores profissionais treinam todos os dias para ter o corpo preparado para correr 90 minutos. Em uma partida decisiva, um craque contundido acaba atuando no sacrifício. Já no jogo amador isso não vale a pena, pois forçar a contusão pode piorar muito a situação. Por último, para o corpo render mais e quebrar menos também é importante estar sempre com o “combustível” em dia. Ou seja, manter-se bem hidratado e fazer refeições leves e balanceadas, que forneçam vitaminas e sais minerais indispensáveis para todos os esportistas. Sejam eles peladeiros ou não.
Na livraria:
Primeiros Socorros no Esporte, Melinda J. Fegel, Manole, 2002
Gelo é a melhor opção de primeiros socorros na maioria das situações
Lesão Muscular – Dor congelada
O problema: são três tipos de lesão muscular: o estiramento (ou distensão) é a mais grave, pois as fibras musculares se rompem. A fisgada é a mais leve e a contratura é intermediária
O que fazer: aplicar gelo e diminuir ao máximo a movimentação do músculo lesionado. Se necessário, podem ser usadas muletas ou outro apoio para a pessoa andar
Torção – Solução na faixa
O problema: no futebol, as torções mais comuns são nos tornozelos e nos joelhos
O que fazer: colocar a perna em posição confortável e aplicar gelo por dez minutos. Na torção no tornozelo, enfaixar o local, sem apertar muito, cruzando a gaze entre o peito do pé e o tendão de Aquiles. Para o joelho é bom ter à mão uma joelheira de imobilização
Bolada – O jeito é relaxar
O problema: no saco a dor é grande, mas, em geral, uma bolada não é perigosa
O que fazer: dê espaço para a pessoa respirar com calma. Para a temida bolada no saco, uma solução é fazer seguidos movimentos esticando e dobrando as pernas da “vítima” em direção ao quadril. Isso relaxa a musculatura, embora não alivie muito a dor
Cãibra – Alongue o jogo
O problema: a cãibra é uma contração muscular involuntária, em geral, provocada pelo desgaste físico excessivo
O que fazer: a pessoa deve deitar no chão e alongar o músculo que está com cãibra até as contrações pararem. Um companheiro pode ajudar no alongamento. A cãibra pode voltar e piorar. Por isso o ideal é parar de jogar
Pancada – Pomada pós-pelada
O problema: uma pancada, como um chute na canela, geralmente não impede a volta ao jogo após aquela dor aguda inicial
O que fazer: o gelo ajuda a diminuir o inchaço e alivia a dor. Após a partida uma outra boa opção é aplicar no local da pancada uma pomada antiinflamatória, tipo Gelol, que tem ação mais prolongada