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Por que sentimos vontade de apertar ou morder coisas fofas?

Não se preocupe, você não é o único que tem desejos agressivos diante de pelúcias: até onde os biólogos sabem, essa é uma reação normal à ternura excessiva.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 fev 2024, 10h59 - Publicado em 23 fev 2024, 10h57

Não há consenso. Humanos dão sinais externos contraditórios com frequência (como, por exemplo, quando choram de felicidade ou dão risada numa situação tensa). Acredita-se que a vontade de esmagar seu sobrinho ou um ursão de pelúcia se enquadre na mesma categoria.

A melhor hipótese dos neurocientistas é que a agressão funcione como mecanismo compensatório: o cérebro se vê tão sobrecarregado com uma sinalização de amor e afeto que tenta calibrar a si mesmo induzindo uma emoção oposta. 

A seleção natural teria propiciado a evolução desse traço justamente porque não basta nós acharmos nossos filhos fofos: precisamos protegê-los também. Um adulto que ficasse paralisado de fofura seria inútil – mas um adulto movido por ternura e uma pitada de ódio defende um bebê com ímpeto redobrado.

Sabe-se que certos traços físicos infantis (cabeça e olhos desproporcionalmente grandes, crânio arredondado, queixo e supercílio pouco salientes etc.) são universalmente capazes de despertar a emoção que chamamos de “fofura”, seja por bebês humanos, bebês de outros animais ou bichos de pelúcia e desenhos animados.

Um estudo da Universidade da Flórida de 2018 revelou que o ápice da fofura dos cães, na opinião de voluntários humanos, ocorre entre 6,3 e 8,3 semanas de vida – que é justamente o período do desmame. Ou seja: eles têm traços mais atrantes para nós justamente quando estão prestes a sair debaixo da asa da mãe e precisam conquistar um humano para alimentá-los.

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Essa foi uma observação feita originalmente pelo biólogo Konrad Lorenz que já foi comprovada por muitos outros experimentos similares e é explorada o tempo todo por quadrinistas, ilustradores etc. 

Uma estratégia comum, entre os designers, é juntar traços de bebê com a pareidolia – aquele bug cognitivo que nos faz ver rostos em carros, torneiras e espuma de café. Vide o New Beetle: a Volkswagen pensou o modelo sabendo que nós interpretamos os faróis como olhos e o teto como crânio. Então, fez faróis enormes e teto arredondado para que você queira adotar um fusquinha emperiquitado.

Fonte: artigo “Understanding neural mechanisms of cute aggression”, de Katherine K. M. Stavropoulos e Laura A. Alba; artigo “Dog pups’ attractiveness to humans peaks at weaning age”, de Nadine Chersini e outros. 

Pergunta de @jvcalderaro, via Instagram.

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