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Grande Barreira de Corais ressuscitou 5 vezes

Crise atual do recife australiano não é o primeiro perigo que ele já enfrentou. Conheça as outras reviravoltas históricas que a região já viveu.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 21 jul 2018, 16h28 - Publicado em 20 jun 2018, 18h41

Os quase 30 mil anos de existência da Grande Barreira de Corais da Austrália, o maior recife do mundo, foram agitados.

Um estudo da Universidade de Sydney concluiu que a Barreira é a Highlander dos corais e passou por experiências de quase-morte toda vez que os oceanos sofreram mudanças drásticas.

Na Era do Gelo, chegou à beira da destruição duas vezes, quando a queda do nível do mar expôs os corais ao ar – a mudança de habitat foi praticamente fatal.

Depois, vieram mais três quase-mortes, graças a derretimentos de geleiras após o fim da Era Glacial.

A sexta experiência semifatal, infelizmente, está acontecendo agora. As temperaturas cada vez mais altas nos oceanos começam por desestabilizar as minúsculas algas que vivem dentro dos corais.

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São elas que, normalmente, dão cor ao recife, eles vivem uma reação mutualística. O coral oferece “hospedagem” em troca de alimento – e as algas fornecem os nutrientes que obtêm através da fotossíntese.

Na água quente, porém, as algas são expelidas. Os corais se retraem em um estado semivivo e perdem a cor, em um processo conhecido como “embranquecimento da Barreira”  – que ficou famosa, justamente, por suas cores inigualáveis.

Só em 2016 — o ano mais quente registrado no mundo — 67% do recife morreu. A esperança é que sua resiliência do passado entre em campo mais uma vez, e ele sobreviva a mais essa.

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