Cientistas assinam documento defendendo que crustáceos sentem dor
Cientistas lançaram uma declaração afirmando que camarões, lagostas e outros crustáceos são seres sencientes e capazes de sentir dor.
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O documento, assinado por 35 especialistas, reúne décadas de pesquisas que mostram respostas complexas desses animais a estímulos nocivos.
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Estudos revelam que crustáceos detectam calor, choque e lesões. Em alguns casos, camarões esfregam a área machucada — um indício de autocuidado.
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Quando anestesiados, esses comportamentos diminuem, reforçando que a reação vai além de simples reflexos automáticos.
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Também há sinais de capacidades cognitivas: reconhecimento social, memória, tomada de decisão, cuidado parental e até personalidades individuais.
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Mesmo com trilhões de crustáceos mortos por ano, eles quase não aparecem em políticas de bem-estar animal ou normas de manejo.
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A distância evolutiva e a falta de vocalização contribuíram para a falsa ideia de que não sofrem – visão que a ciência agora contesta.
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Algumas entidades, como a Associação de Veterinários do Reino Unido, já começaram a incluir crustáceos em recomendações de bem-estar, ainda de forma tímida.
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Reconhecer a senciência exige mudanças profundas na captura, produção e abate — um desafio para uma indústria global colossal.
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