Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Supersônico comercial

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 26 Maio 2012, 22h00

Leonardo Fuhrmann

Erro – Insistir no projeto do Concorde, um avião que já se mostrava economicamente inviável antes mesmo de alçar voo pela primeira vez.

Quem – Seus fabricantes (a francesa Aerospatiale e a britânica BAC).

Quando – A partir da crise do petróleo, em 1973.

Continua após a publicidade

Consequência – O Concorde foi um dos maiores micos da história da aviação – das 160 unidades inicialmente encomendadas, apenas 20 foram produzidas e só 14 entraram em operação.

Ele era uma máquina impressionante. Voava a 2 200 km/h, o dobro da velocidade do som. Não enfrentava turbulência, porque viajava a 18 mil metros de altitude, onde o ar é extremamente rarefeito. E permitia a seus 100 passageiros observar a curvatura da Terra – privilégio que só astronautas costumam ter. Do ponto de vista comercial, entretanto, o Concorde foi um fiasco. Só 20 unidades foram produzidas e apenas 14 entraram em operação – números que jamais justificaram os US$ 3,5 bilhões que França e Inglaterra investiram no seu desenvolvimento.

Alto consumo

Continua após a publicidade

Em 1962, quando franceses e ingleses anunciaram a parceria, nada indicava que o Concorde pudesse virar um fracasso. Anos antes de seu projeto sair do papel, 160 unidades já estavam encomendadas. Em 1973, no entanto, veio a crise do petróleo. O preço da commodity disparou, atingindo o jato supersônico em seu ponto mais sensível: o consumo estratosférico de combustível. Uma única travessia do Atlântico, entre as cidades de Paris e Nova York, consumia mais de 100 toneladas de querosene. Encomendas foram canceladas. E o Concorde acabou virando um mico.

Sucessão de problemas

O barulho que as turbinas produziam e o chamado boom sônico que ocorria toda vez que a barreira do som era rompida também atrapalharam. Os EUA foram os primeiros a incomodar-se com a barulheira e a proibir o Concorde de voar em seu espaço aéreo. Depois, veio a proibição mundial de voos supersônicos sobre continentes.

Em 2000, a imagem do avião ficou ainda mais arranhada graças a um trágico acidente na França, que matou todos os seus 113 ocupantes. No dia 24 de outubro de 2003, o Concorde levantou voo pela última vez – depois de 20 anos sendo sinônimo de velocidade.

Continua após a publicidade

Barca furada

• O fiasco comercial do supersônico foi tão retumbante que dois respeitados psicólogos – o americano Hal Richard Arkes e o britânico Peter Ayton – inspiraram-se nele para criar o termo “efeito Concorde”. Arkes e Ayton usam esse jargão para referir-se a um comportamento comum em vários pacientes: a relutância em aceitar que, dependendo da situação, é melhor pular fora de uma barca furada, por mais que já se tenha investido nela.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.