É, amigo, volante de Fórmula 1 não é só para fazer curvas. Suas dúzias de botões modificam a aerodinâmica, reconfiguram o motor, refrescam a garganta e garantem vitórias para o piloto que sabe o que fazer com eles. Conheça os segredos dessa peça de 1,3 kg que chega a custar R$ 120 mil.
Ponto Morto
Usado geralmente nos boxes. Maldosamente conhecido como “botão do Hamilton”, já que o piloto inglês o acionou acidentalmente no GP do Brasil de 2007, perdendo muitas posições e, consequentemente, o título do ano.
De gole em gole
O calor intenso faz os pilotos perder, em média, 2 kg por corrida. Para dar uma amenizada, o piloto aciona o botão D (Drink), que faz um canudinho conectado a um reservatório esguichar bebida (água, isotônico ou energético) direto em sua boca.
Meio do freio
Aciona o Kers (“sistema de recuperação de energia cinética”), grande avanço de 2009. Ele acumula energia cinética gerada pela frenagem – que seria desperdiçada – e a usa para aumentar em 10% a potência do motor.
“Copiou?”
Quando recebe uma ordem, o piloto tem que acionar o Acknowledge – significa que ele irá cumpri-la. Mesmo que o chame para o boxe e ele diga “ok”, a equipe só se mexe depois que ele aperta o ACK.
Ajuste fino
Estes botões modificam altura da asa, consumo de combustível, balanço de freio e muito mais. Faz diferença? O heptacampeão Schumacher chegou a mudar 8 vezes o acerto do carro para conseguir uma pole position.
Revoluções por minuto
Esta sequência de luzes indica o aumento dos giros do motor, e serve como indicador para o piloto trocar as marchas.
A voz do Dono
As luzes são acionadas pela direção da prova quando há acidente, chamando a atenção dos pilotos para terem cuidado e evitar ultrapassagens.
Comunicação
Nos visores à esquerda a equipe informa ao piloto dados como velocidade, diferença de tempo em relação à volta anterior e temperatura de água e óleo. São um complemento dos pitboards (acima), outra forma de informar o piloto.
Modo de espera
O botão SC ativa os ajustes para quando o safety car entra na pista, após um acidente, e os carros são obrigados a segui-lo em baixa velocidade e fila indiana. O desgaste é reduzido a níveis mínimos.
Na ponta dos dedos
Em 1989, a Ferrari inovou, colocando alavancas para que o piloto pudesse mudar de marcha sem tirar as mãos do volante. Hoje, é um item imprescindível em todas as equipes.
Reinvenção da Roda
A tecnologia tornou o volante oval e cheio de botões, dando ao piloto mais dificuldade – e mais possibilidades.
McLaren 1991
Benetton 1997
Ferrari 2004