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Sala de Aula Interativa – Educação na ponta dos dedos

Telas interativas atualizam a sala de aula para a geração nascida no mundo digital

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00

Giulliana Bianconi

Lápis e papel não vão sumir da sala de aula da noite para o dia, mas já existe tecnologia para isso. E não estamos falando dos computadores trancafiados nas “salas de informática”. O novo caminho são as telas multitoque interativas.

É verdade que a maioria das escolas ainda não tem a metodologia nem o dinheiro necessários para transformar salas de aula em ambientes digitais, mas empresas e universidades já desenvolvem equipamentos e programas que alinham a educação ao universo dos “nativos digitais” – a geração que nasceu imersa na evolução das tecnologias da informação e comunicação e que não se desgruda do celular, iPod, computador…

As aplicações das telas são muitas – desde jogos de alfabetização em grupo até apresentações de seminários na faculdade. Mas um de seus maiores lances é criar um ambiente em rede onde diferentes atividades são realizadas em telas individuais ao mesmo tempo, porém gerenciadas por um único software capaz de coletar dados estatísticos. Assim, por exemplo, o professor pode fazer um quiz e receber, em tempo real, o número de alunos que acertaram certa questão, a nota de cada aluno e a média da sala. É o fim do gabarito.

 

“TIO” ROBÔ

Numa sala de aula infantil da Universidade da Califórnia em San Diego, robôs estimulam crianças a imitarem seus gestos e ensinam palavras em idiomas estrangeiros. Ainda que um tanto desengonçado, o Rubi anda sobre rodas, mexe os braços e mãos metálicos e permite que crianças usem a tela multitoque instalada em sua “barriga”. O robô, desenvolvido pela equipe do cientista Javier Movellan, foi o primeiro criado para interagir com crianças e há 5 anos vem sendo testado na creche da universidade.

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O próximo passo – a ser dado em 2011, segundo Movellan – é levar protótipos a centros de pesquisa de outros países e observar o progresso das crianças em diferentes culturas e condições socioeconômicas. Um dos pontos principais da pesquisa é saber o quanto um robô interativo pode reter a atenção de crianças e auxiliar na aprendizagem. E um dos casos de mais sucesso foi entre as autistas: as que estiveram com Rubi demonstraram disposição para interagir bem maior do que quando foram submetidas a processos tradicionais de aprendizagem.

 

 

Interfaces de toque vão para a aula
Com um sistema integrado, a classe vira um grande trabalho de equipe; por outro lado, o professor ganha os superpoderes de um administrador de rede

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LOUSA DIGITAL
As atividades propostas numa lousa digital podem ser compartilhadas com as telas multitoque dos alunos, para que todos realizem atividades ao mesmo tempo.

CONTROLADOR
Com o software SynchronEyes, o professor pode, em sua tela central, monitorar o que cada aluno faz, dividir a classe em grupos e filtrar sites – nada de Wikipedia na hora da prova.

TELAS MULTITOQUE
Elas estarão por toda parte: na superfície de carteiras escolares, nos computadores, nas mesas de apoio ou nos celulares dos alunos.

DÚVIDAS
Durante a atividade, alunos podem enviar questões para a tela central. O professor as responde individualmente ou inicia uma discussão online que reúne todos os conectados.

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INTERAÇÃO
Nas telas interativas, alunos também podem fazer anotações com a ponta dos dedos, manipular imagens e vídeos e criar conteúdo com todos esses elementos. Depois, eles salvam tudo num pendrive e jogam na mochila a aula inteira.

 

 

O tablet de US$ 75
As telas multitoque vão chegar à próxima geração do “Um Laptop por Criança” (OLPC, na sigla em inglês), projeto de educação e inclusão digital de crianças e jovens desenvolvido pelo fundador do Laboratório de Mídia do MIT, Nicholas Negroponte.

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OLPC XO-1 (2007)
Com design infantil e formato de maleta, pesa menos de 1,5 kg, tem display móvel e consome 5 W de energia quando navega na internet. Foi anunciado como “o computador de menos de US$ 100”, o que nunca aconteceu: atualmente custa US$ 180 e muitos o consideram um fracasso.

OLPC XO-3 (2012)
É um computador-prancheta de plástico difícil de quebrar, à prova d’água, com tela colorida e sem moldura. A expectativa da OLPC é que funcione com apenas 1 W de energia e tenha 6 mm de espessura. Anunciado como o “XO de US$ 75”, ele despertou o interesse de Ruanda, que quer oferecer um para cada um de seus estudantes. Assim, eles poderão armazenar todas as apostilas e livros usados durante sua vida escolar.

E o XO-2?
Seria um netbook com tela dupla. Fotos do protótipo chegaram a ser divulgadas em 2008, mas a OLPC recuou e optou por investir no aperfeiçoamento do processador do XO-1 enquanto o novo XO-3 tablet não chega ao mercado.

 

 

 

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