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Robôs com ética

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h35 - Publicado em 31 jul 2004, 22h00

Barbara Axt

Em 1942, o escritor de ficção científica Isaac Asimov listou três leis fundamentais para que os humanos sobrevivessem em um mundo repleto de robôs. Mais de 60 anos depois, as leis voltaram a ser atuais (confira ao lado). E não é só por causa do lançamento de Eu, Robô, filme de Hollywood baseado em obra de Asimov. Mas porque há muita gente séria dizendo que essas três leis são o único jeito de garantir um mundo seguro daqui para a frente.

“Logo, robôs se tornarão responsáveis tanto pelo nosso bem-estar quanto por nossa própria sobrevivência”, diz Gianmarco Veruggio, que organizou o Primeiro Simpósio de Ética para Robôs em janeiro, na Itália. No evento, cientistas de todo o mundo discutiram como será a convivência entre humanos e autômatos e chegaram à conclusão de que implantar as três leis de Asimov é uma medida urgente.

O plano dos cientistas é evitar que os mesmos robôs capazes de tornar nossa vida mais confortável sejam usados para o mal. Afinal, colocá-los para combater em guerras, espalhar vírus ou praticar atos terroristas seria apenas um detalhe de reprogramação. É a principal barreira para que humanóides possam ser comercializados hoje. Tecnologia já não falta. A Sony e a Honda construíram robôs que poderiam fazer grande parte do trabalho mecânico dos humanos. Mas existe um perigo que nem Asimov previu: a convivência nos deixará tão sedentários e acomodados que não poderemos mais nos defender.

 

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As três leis da robótica

1. Um robô não pode causar mal a um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal

2. Um robô deve obedecer às ordens dadas por um ser humano, a menos que essas ordens entrem em conflito com a Primeira Lei

3. Um robô deve proteger a própria existência, desde que essa proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis

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Robôs no cinema

O medo de que a inteligência artificial seja usada contra nós está bem documentado

Metropolis (1927)

VILÃO: Um robô em forma de mulher

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MALDADE: A robô trocava de lugar com Maria, líder de uma revolta popular. Assim, a elite tentava controlar os revoltosos e manter a terrível opressão

2001 (1968)

VILÃO: HAL (o nome traz as três letras anteriores a I,B e M)

MALDADE: HAL é um computador que controla as atividades de uma base espacial. Até que ele passa a ter vontades próprias e delírios de poder…

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Blade Runner (1982)

VILÃO: Um andróide que não quer morrer

MALDADE: Na tentativa de aumentar seu tempo de vida, ele mata os humanos que o criaram. Até que entra em cena o caçador Harrison Ford

O Exterminador do Futuro (1984)

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VILÃO: Um andróide brutal e bom de mira

MALDADE: Ele é enviado do futuro aos dias de hoje para matar uma mulher antes que ela dê à luz o líder da rebelião humana que acabará com os robôs

Matrix (1999)

VILÃO: Super- computadores

MALDADE: Criaram uma realidade virtual chamada Matrix para que os humanos pensem que estão numa boa, quando estão sendo usados como fonte de energia

 

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