Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

O indutor de sono

Gadget altera as ondas cerebrais para ajudar a adormecer. Pode parecer meio difícil de acreditar – mas tem comprovação científica.

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jan 2025, 12h00

Ele se chama Elemind, e está sendo lançado nos EUA por US$ 349 (mais uma taxa de US$ 6,99 por mês). Você coloca o aparelho, que parece uma tiara acolchoada, na testa ao se deitar.

Ele tem sensores de eletroencefalograma (EEG), que monitoram dois tipos de oscilação elétrica do cérebro: as ondas alfa, que ficam mais intensas quando estamos acordados e tranquilos, e as ondas theta, ligadas à sonolência [veja quadro abaixo].

Infográfico, em fundo verde oliva, explicando a frequência de ondas da tiara acolchoada Elemind.
(Elemind/Montagem sobre reprodução)

Em seguida, o Elemind começa a emitir pulsos acústicos: pequenas vibrações que o ouvido interpreta como som (ele se assemelha ao chamado “ruído rosa”, que lembra o som de uma cachoeira ou televisão fora do ar).

Esse som é modulado de acordo com as ondas cerebrais do usuário e, ao se propagar pelo crânio, tem o poder de alterar a atividade elétrica do cérebro: após alguns minutos, o Elemind reduz as ondas alfa e aumenta as ondas theta, ajudando a pegar no sono.

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O gadget foi criado por neurocientistas do MIT, e teve a eficácia verificada por um estudo (1) realizado com 21 voluntários ao longo de uma semana: quando estavam usando o aparelho, eles adormeceram em média 15 minutos antes (em relação à fase placebo, na qual o Elemind estava inoperante).

Fonte 1. “A randomized controlled trial of alpha phase-locked auditory stimulation to treat symptoms of sleep onset insomnia”, S Bressler e outros, 2024.

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