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Equipamentos – Com que roupa eu vou?

A Dallara venceu a briga para fornecer o chassi da F-Indy, mas agora equipes vão customizá-lo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00

A consagração de um atleta depende em muito dos equipamentos que ele adota – Michael Schumacher e Michael Phelps que o digam. Por mais que o alemão tenha levado o seu primeiro título na Fórmula 1 num Benetton bem mais ou menos, foi com uma Ferrari que conquistou 5 das suas 7 taças. Já o nadador americano se tornou o fenômeno das piscinas com ouro em 8 provas na Olimpíada de Pequim vestindo o traje de poliuretano LZR Racer da Speedo, hoje com uso limitado. Por isso as empresas abrem o cofre e investem em novas tecnologias que façam a diferença.

No automobilismo, essa busca é acirrada antes mesmo de o esqueleto dos carros e os pneus chegarem às equipes competidoras. Na F-1, os pneus são todos iguais, e a briga é para ver quem vai fornecê-los para as equipes. Na Fórmula Indy, é o chassi que tem que ser padronizado.

Só que a italiana Dallara, vencedora da briga para fornecer chassis de 2012 a 2014, fez a versão mais “customizável” de sua história. Além de derrubar seu preço, isso deve aumentar a competitividade – e a disputa tecnológica – entre as equipes. É, a Indy está começando a ficar interessante.


NOVO CHASSI DA FÓRMULA INDY
45% mais barato – O chassi sai por US$ 70 mil; já o carro, por cerca de US$ 385 mil.
100 kg mais leve – Isso aumenta a agilidade dos carros, e a competição fica bem mais bacana.

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Reportagem fotográfica

 

 

 

Cadeira de rodas antenada
A instalação de uma caixa com chip e antena na cadeira de rodas usada em jogos de basquete, handebol e rúgbi deve ajudar técnicos e atletas no treino de jogos paradesportivos. A cada movimento do atleta, o dispositivo envia para o computador do treinador dados como velocidade do manejo da cadeira, aceleração e números de vezes que foi para cada lado.

A informação é então reproduzida em gráficos. Com o levantamento mesmo de movimentos parciais, como dribles, o sistema permite ao treinador analisar detalhadamente os movimentos do atleta. “Para atletas com limitações, o auxílio da tecnologia pode proporcionar grandes saltos nos resultados”, diz o pesquisador José Irineu Gorla, da Unicamp, um dos desenvolvedores do equipamento.

 

 

Treinador digital
O miCoach, da Adidas, deve competir com a bem-sucedida plataforma NikePlus. Na versão gadget, é um pequeno controle preso na roupa, com monitor de frequência cardíaca e sensor de caminhada. Você seleciona seu nível, e durante a corrida o miCoach informa pelo fone de ouvido seu batimento cardíaco, velocidade e a distância percorrida ou a percorrer. Já na versão aplicativo de smartphone, ele usa o GPS para dar em tempo real indicações sonoras de trajetos de acordo com o treino selecionado e o local onde o atleta estiver. Ambos permitem sincronizar os resultados dos exercícios com uma plataforma web, para a consulta do seu histórico.

 

 

Doping genético
Por mais que a tecnologia avance entre uma Olimpíada e outra, estamos ainda longe de uma competição livre de doping. A situação pode, na verdade, piorar: do doping hormonal, podemos avançar para o genético, baseado na terapia genética. Como ela está em teste com animais, sua aplicação em humanos ainda é improvável até 2012, mas é possível que atletas já sirvam de cobaia, segundo Eduardo de Rose, médico do Comitê Olímpico Internacional.

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A terapia genética pode, por exemplo, ajudar crianças que nascem com hipotrofia, uma doença que prejudica o desenvolvimento dos músculos. Em tese, bastará uma injeção com vírus inativo com DNA modificado contendo um gene capaz de reforçar o músculo fraco. Mas a terapia também pode ser usada para melhorar ilicitamente o desempenho de esportistas. Por isso, a Agência Mundial Antidoping (Wada) já incluiu o procedimento em sua lista negra.

Mas nem só de notícia ruim vive a Wada. A instituição regulamentou no final do ano passado o passaporte biológico, que permite traçar um perfil do sangue do atleta e, ao longo da sua carreira, monitorar a sua “série vermelha” – ou seja, a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue. Quanto mais glóbulos, melhores as trocas de oxigênio e, portanto, a resistência ao exercício físico. Há substâncias, como o hormônio eritropoietina (EPO), utilizadas ilegalmente pelos atletas para aumento desses glóbulos. Agora, mesmo quando o uso da EPO não for detectado, o passaporte indicará mudanças bruscas no perfil sanguíneo e o doping estará constatado.

 

 

O turbo retorna às máquinas de F-1 e Indy
Por causa dos altos custos, os motores turbo foram banidos da F-1 no final da década de 1980 e saíram da Indy na década seguinte. Mas um novo modelo Honda turbo V6 de 2,4 litros estará nas pistas da Indy em 2012 – a potência será 50 cavalos maior em relação ao atual motor V-8. Já em 2013 a F-1 poderá ter motores turbinados de 4 cilindros ou V6, de 1,5 litro, contra o atual motor V8 2.4 aspirado.

 

 

O fim do cronômetro
A era dos supermaiôs acabou depois de o LZR Racer ter seu uso limitado por ajudar a derrubar 23 dos 25 recordes mundiais de natação em Pequim. Mas novas tecnologias não vão ficar fora da piscina. A start-up americana Avidasports desenvolveu um sistema com 5 sensores wireless instalados nos pulsos, calcanhares e cabeça do nadador. Informações sobre seu desempenho vão em tempo real para o laptop do treinador: número e velocidade média de braçadas e de pernadas, velocidade do corpo, distância média por braçada e tempo de virada. Câmeras também gravam o treinamento, para que a Avidasports sincronize as imagens de cada nadador com seus dados de desempenho. E um fone de ouvido sob a touca de natação permite ainda que o treinador passe orientações aos nadadores durante as braçadas. Dá para monitorar até 100 nadadores de uma só vez – ok, meio exagerado se você considerar que piscinas não têm tantas raias, mas vai saber…

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