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Como vai funcionar o Currents, a nova rede social do Google

Voltada para o universo corporativo, a plataforma não é necessariamente nova: a rede surgiu a partir do finado Google+. Lembra dele?

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 12 jun 2020, 19h01 - Publicado em 12 jun 2020, 18h52

Você usava o Google+? Pois é, nós também não. A rede social, criada em 2011, tentou competir com Twitter e Facebook – e nunca vingou. Oito anos depois, em 2019, ela praticamente foi extinta, e única coisa que ainda funcionava por lá era uma versão corporativa, usada por empresas como ambiente de trabalho para suas equipes.

Na última semana, o Google decretou oficialmente o fim da rede. Ela dará lugar ao Currents, que pretende rivalizar com plataformas como o Slack e o Microsoft Teams, cuja adoção tem sido cada vez maior por conta do trabalho remoto da quarentena. Elas são basicamente um escritório virtual, onde todos os funcionários de uma equipe podem interagir à distância.

O antigo Google+ ficará disponível até 6 de julho para quem usa o G Suite – um pacote pago com versões corporativas dos serviços do Google, como Gmail, Drive, Planilhas e Apresentações (e que também pode ser usado por instituições de ensino, com o G Suite for Education). Depois, será trocado automaticamente pelo Currents.

O objetivo da rede é justamente facilitar a integração de todos esses recursos. Pelo que foi mostrado até aqui, a interface lembra bastante a do Google+: a linha do tempo é organizada por cards, que podem aparecer em ordem cronológica ou por relevância, e é possível incluir links, imagens e vídeos nas postagens.

Para se destacar da concorrência, o Currents promete disponibilizar ferramentas voltadas para anúncios e análises de postagem, bem como a criação de tópicos para discussão. Os administradores e gestores das empresas que aderirem ao ambiente poderão moderar os recursos, bem como criar fluxos personalizados de postagens para os funcionários, de modo a otimizar o trabalho.

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O importante é tentar

Apesar do anúncio recente, o Currents já funcionava em versão beta há meses para alguns usuários do G Suite – o Google introduziu a plataforma ao público em abril de 2019. Com a mudança definitiva, todos que usavam a versão corporativa do Google+ migrarão automaticamente para a nova rede. Os links antigos também serão redirecionados.

Pois é. No quesito rede social, o Google revela o seu lado brasileiro – e não desiste nunca. Em 2019, a empresa anunciou o lançamento do Shoelace (em inglês, “cadarço”). Com sugestões de passeios e eventos entre pessoas com gostos em comum, a ideia dessa plataforma ultra-millennial era incentivar encontros offline.

Mas o projeto não foi para frente. Ele foi criado em uma incubadora de projetos do Google, e funcionou por menos de um ano em Nova York até ser descontinuado, em maio. Acontece.

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