Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Chip injetável pode penetrar no cérebro

Dispositivo é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e detectar os sinais elétricos emitidos pelos neurônios. Mas, por enquanto, só foi testado em células (não em animais vivos).

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 nov 2021, 18h47

O dispositivo, que se chama NeuroSwarm 3 e foi desenvolvido pela Universidade da Califórnia (Santa Cruz), mede apenas 63 nanômetros – é 1.500 vezes menor do que a espessura de um fio de cabelo. Graças ao tamanho minúsculo e a seu revestimento, com nanopartículas de ouro, ele teoricamente consegue atravessar a barreira hematoencefálica, que envolve o cérebro e impede a passagem da maioria das moléculas.

 

O chip, que por enquanto só foi testado in vitro (em células, não em seres vivos), é capaz de detectar os sinais elétricos emitidos por neurônios – ele os converte em pulsos de luz infravermelha, que podem ser captados por sensores ópticos fora do cérebro. Talvez isso permita, um dia, monitorar a atividade cerebral de forma não invasiva.

Mas ainda há obstáculos: descobrir como direcionar os chips, levando-os até as áreas desejadas do cérebro, e como injetar uma quantidade razoável deles sem provocar uma inflamação letal.

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