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China vai construir superbase militar no fundo do mar

Com tecnologia de estação espacial, a plataforma vai ficar a 3 mil metros de profundidade - e também pode ser o início de uma briga entre China e EUA.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 20 jun 2016, 14h30

O “sonho de um oceano poderoso.”Foi assim que a China definiu a construção de sua nova base naval, que vai ficar no fundo do mar. O projeto está entre as prioridades do ministério da ciência chinês para os próximos 5 anos.

A descrição lembra a de um submarino gigante: uma embarcação móvel, a 3 mil metros de profundidade, capaz de abrigar dezenas de funcionários debaixo d’água, em turnos de um mês. Em um comunicado oficial, o ministério disse que, para a construção da base naval, estão sendo estudadas tecnologias de estações espaciais, como materiais leves e resistentes.

O objetivo inicial do projeto é explorar recursos minerais no fundo do Mar da China Meridional, a porção de água cercada pela parte sul da China, com as Filipinas de um Lado e o Vietnã do outro. O governo chinês acredita que a região abriga o equivalente a 11 bilhões de barris de petróleo e 190 trilhões de metros cúbicos de gás natural. Por enquanto, são apenas estimativas e as reservas ainda não foram comprovadas.

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Existe uma outra motivação bem provável para a instalação da base. O Mar da China Meridional é alvo de disputa territorial. O país se diz dono de 80% da área, o que não é aceito pelos vizinhos Filipinas e Vietnã. As reservas de petróleo ficam em uma área bem próxima do território chinês e não estão sendo questionadas. Mas o mar também é um pólo comercial: por ele passa o equivalente a R$ 18 trilhões em mercadorias por ano – e a região de comércio marítimo é que está sendo disputada. Estados Unidos e Rússia têm patrulhado a região para evitar que a China imponha qualquer bloqueio, aumentando a tensão.

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Na apresentação do projeto, o ministro da ciência disse que não descarta o uso militar da base submarina. O fato de a estrutura já ser planejada para ser móvel é um indicativo dessa possibilidade.

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Outro plano militar do país na região é construir uma Grande Muralha submarina, feita de sensores capazes de detectar movimentação de submarinos americanos. O quanto essas empreitadas marinas vão custar, o ministério não divulgou. Mas dinheiro os chineses têm: atualmente, o país gasta R$ 700 bilhões anuais em pesquisa e desenvolvimento, mais R$ 500 bilhões no departamento de defesa.

O cenário pode parecer assustador, mas a base naval pode não passar de uma banheirona. Pelo menos é o que acredita o consultor Bryan Clark, que trabalhou em operações navais americanas. Ele disse à Bloomberg que a serventia militar da base não está clara. Mesmo assim, já tem gente falando em corrida armamentista e uma nova Guerra Fria. Desta vez, embaixo d’água.

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