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Abelha robô pode ajudar a salvar o planeta

Com apenas 3 cm, bichinho voador poderá polinizar as plantações - se conseguir vencer um grande desafio

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 10h34 - Publicado em 23 Maio 2016, 14h45

Você já deve ter ouvido falar que as abelhas estão desaparecendo. Como elas são agentes polinizadores fundamentais para a manutenção de todo o ecossistema do planeta, esse sumiço é, no mínimo, preocupante. Mas agora, cientistas da Universidade Harvard parecem ter a solução: usar robozinhos inspirados nos insetos para dar uma mãozinha na polinização – os RoboBees (algo como RobôAbelha). A criação, ainda um protótipo, também promete reinventar o que conhecemos como drones.  

O nome RoboBee não é só um apelido fofo: a pequena máquina realmente copia as características das abelhas. Suas asas, por exemplo, batem separadamente, permitindo que o voo seja manobrado, e seu tamanho e peso são praticamente os mesmos dos insetos – 3 cm de comprimento e 80 mg. Além disso, o robô intercala voos curtos com pousos para descansar, exatamente como as abelhas fazem na natureza. 

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Esse plano de voo em robôs ajuda a resolver o problema do gasto de energia, que é enorme para manter uma máquina no ar. Em vez de flutuar o tempo todo, o RoboBee só precisa voar até chegar perto o suficiente de uma superfície onde ele possa pousar. Ele, então, usa eletricidade estática – a mesma coisa que acontece quando você esfrega uma bexiga para grudá-la na parede – para se fixar sobre quase qualquer lugar: paredes, plantas, vidro, madeira e por aí vai. 

Nos testes, eram os cientistas que carregavam o robô com a energia estática, mas o próximo passo é encontrar uma forma de ele conseguir se recarregar sozinho. Por enquanto, os pesquisadores só estão interessados em reduzir ao máximo os gastos de energia – e conseguiram: o robozinho só precisou de uma recarga para se manter preso em uma folha sem cair.  

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O projeto já existe desde 2013, mas só agora os cientistas tiveram a ideia de usar a energia estática para copiar as pausas entre voos das abelhas. Se o protótipo for para a frente, o inseto robótico poderia ter vários outros usos além da polinização: espionagem, segurança, coleta de dados científicos e até a busca por pessoas desaparecidas – ou qualquer outra coisa que seja inalcançável para seres humanos ou mesmo para drones. 

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