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Quem é Moo Deng, a hipopótamo pigmeu que viralizou na internet

A pequena roubou corações de usuários das redes. Entenda por que filhote de hipopótamo é diferente dos outros animais.

Por Manuela Mourão
21 set 2024, 18h00

Fofa, carismática, desengonçada, icônica e lendária. Esses foram alguns dos adjetivos usados para descrever Moo Deng  nos últimos dias. Para quem não conhece essa preciosidade, estamos falando da bebê hipopótamo pigmeu, que nasceu há dois meses no zoológico tailandês Khao Kheow Open Zoo. O nome do animalzinho significa “porquinho saltitante”, e não poderia definir melhor a hipopótamo.

Moo Deng conquistou as plataformas de redes sociais com vídeos de seu dia a dia. Suas bochechas rosadas, corpo arroxeado e comportamento dramático, sonolento e comilão foram suficientes para transformá-la na sensação do momento. 

De acordo com o zoológico, o número de visitantes dobrou desde que a instituição começou a divulgar a presença da pequena. 

Ao jornal The Guardian, o tratador de Moo, Atthapon Nundee, disse: “No momento em que vi Moo-Deng nascer, estabeleci uma meta de torná-la famosa, mas nunca imaginei que isso se espalharia para o exterior. Pensei que ela poderia ser famosa na Tailândia, mas não internacionalmente”.

Um hipopótamo de pequeno porte recebendo carícias em seu rosto.
(Um hipopótamo de pequeno porte./Reprodução)

O que é um hipopótamo pigmeu?

Esses animais são um reflexo do seu nome: hipopótamos muito pequenos. Os Choeropsis liberiensis, seu nome científico, fazem parte do clubinho exclusivo desses mamíferos, que só aceita duas espécies: os pigmeus e os hipopótamos comuns.

O hipopótamo pigmeu é 10 vezes menor que a espécie comum. Mas não se engane: por mais pequenina que Moo Deng esteja agora, ela ainda vai crescer até cerca de 275 quilos e pode chegar a medir até 1,75 metro. O apelido de baixa estatura só pegou porque um hipopótamo normal pesa 4,5 toneladas, e varia de três a cinco metros de altura.

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A dimensão dos animais é ainda mais impressionante quando consideramos que ambas as espécies comem majoritariamente plantas. Na natureza, os hipopótamos-pigmeus se alimentam principalmente de gramíneas e plantas aquáticas. Já aqueles que vivem em zoológicos, como a Moo, têm uma dieta composta por folhas verdes, vegetais e “biscoitos para herbívoros”, que fornecem nutrientes extras. 

Já os grandões são cortadores de grama profissionais. Um hipopótamo comum pode ingerir mais de 36 quilos de plantas em uma única noite. Nos zoológicos, esses animais são famosos por seus vídeos comendo melancias enormes em uma única mordida.

A distribuição geográfica diferencia as espécies. Os pequenos são nativos das florestas e pântanos da África Ocidental, onde costumam levar uma vida mais solitária. Em contraste, os hipopótamos comuns habitam áreas da África Central e do Sul, estendendo-se até uma pequena faixa que acompanha o rio Nilo em direção ao Mediterrâneo, e vivem em grupos de 40 a 200 indivíduos.

A árvore genealógica dos hipopótamos

Um estudo de 2023 sugere que as espécies se separaram 4,04 milhões de anos atrás. Acredita-se que as espécies de hipopótamos seguiram caminhos evolutivos distintos: à medida que os hipopótamos-pigmeus se tornaram menores e mais adaptados à vida terrestre, os hipopótamos comuns podem ter alcançado tamanhos maiores devido ao seu estilo de vida aquático, que proporciona o suporte necessário para seu peso considerável. Essa adaptação diferenciada reflete as pressões ambientais únicas enfrentadas por cada espécie ao longo do tempo.

Um hipopótamo de pequeno porte.
(khaokheow.zoo / Instagram/Reprodução)
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Um problema não tão pigmeu

A espécie fofinha está ameaçada de extinção. Estima-se que existam apenas 2,5 mil indivíduos soltos na natureza. A população de hipopótamos-pigmeu sofre pela atividade humana perto de seus habitats naturais, como extração de madeira, mineração e caça.

Além disso, a rápida ascensão à fama de Moo Deng gerou preocupações sobre a segurança da nova mascote do zoológico. Recentemente, mídias locais indicaram que alguns visitantes começaram a jogar bananas e mariscos no santuário do animal, tentando atrair sua atenção. 

O diretor do zoológico, Narongwit Chodchoi, emitiu um comunicado pedindo aos visitantes que se abstivessem de lançar qualquer objeto no recinto. “Esse comportamento não é apenas cruel, mas também representa um risco”, destacou o diretor, ressaltando a importância de respeitar o espaço e o bem-estar dos animais.

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