Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Entenda de uma vez: por que os nadadores americanos mentiram

Não é a primeira vez que Ryan Lochte, o segundo maior nadador do mundo, age como um idiota completo.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 11 mar 2024, 11h19 - Publicado em 19 ago 2016, 19h30

Os fatos você já deve ter ouvido várias vezes: um grupo de nadadores americanos foi para uma festa e voltou de madrugada. O mais famoso deles, Ryan Lochte, liga para a mãe e diz que foi assaltado. A senhorinha dá uma entrevista sobre o assunto e começa o caos: o próprio Lochte fala sobre o assunto à imprensa, a polícia encontra incoerências nos depoimentos, proíbe os atletas de saírem do país e um vídeo mostra que não houve assalto nenhum.

O mais difícil agora é entender por que eles mentiram e deixaram a história crescer assim. Segundo a polícia, nos depoimentos, apareceram duas motivações: esconder da namorada de Lochte que eles tinham ido a uma festa com mulheres, e omitir do Comitê Olímpico que haviam passado a noite bebendo (o que, de certa forma é estranho, porque tanto o fato de estarem voltando de uma festa quanto de estarem bêbados foram informações que apareceram desde o início da história).

Mas os americanos parecem estar menos surpresos com a situação caótica do que os brasileiros – porque os gringos sabem que Ryan Lochte e excentricidade nunca andam separados. Lochte ficou internacionalmente famoso depois das Olimpíadas de Londres em 2012, depois de se tornar o segundo atleta com maiores medalhas nos jogos (ele tem 12), ficando atrás apenas do seu conterrâneo Michael Phelps. A onda de fama, inclusive, tinha a ver com a diferença entre ele e o número 1 – Phelps era sério, enquanto Lochte era palhaço, espontâneo e mais disposto a quebrar o protocolo. Ele gostava de festas, postava tweets sem sentido, admitia que estava no Tinder e que estava ansioso para transar nas Olimpíadas. Ser “sem noção” sempre foi parte dessa persona – que fugiu do controle e atingiu o ápice no Jogos do Rio.

Veja a seguir os melhores momentos de uma biografia cheia de escândalos.

1. A vez em que ele quase virou um Kardashian

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=rqEdQDbJx1s%5D

Continua após a publicidade

Os famosos da televisão sabem aproveitar o timing. Logo depois dos Jogos de Londres, Lochte viu sua chance de ficar famoso fora das piscinas. Ele assinou com o canal E! – o mesmo que exibe os reality shows da família Kardashian – e lançou o programa “What would Ryan Lochte Do?”. O conteúdo era meio esquizofrênico: um episódio mostrava uma viagem de Ryan à capital americana, outro, ao estilo programa de namoro, exibia o rapaz à procura de uma namorada e havia um cujo tema era o nadador enchendo a cara. Só durou uma temporada: o estilo “bobão” do atleta era mais charmoso só de quatro em quatro anos mesmo. Mas o show foi definitivo para marcar Lochte como símbolo do estereótipo de “jock”: o esportista habilidoso, engraçado, mas pouco inteligente.

 

2. A vez que em ele tentou emplacar o “Jeah”

Para Ryan Lochte, não é suficiente que “yes”, sim em inglês, tenha se tornado um animado “yeah!”. O atleta resolveu que lançaria o “Jeah” e muito insistiu em criar o neologismo. Usava no seu reality show, nas entrevistas, para descrever suas performances na natação. Para ele, o “Jeah” era uma expressão de satisfação com múltiplos significados – e a Speedo entrou na onda, lançando um vídeo promocional do rapaz “traduzindo” sua palavra favorita:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=cO4lG6tRAHs%5D

Não bastasse a determinação em popularizar a palavra, Lochte também tentou transformá-la em marca registrada para usar em linhas de roupa, já que ele tem o sonho de ser estilista quando a carreira na piscina acabar. O problema é que Ryan não criou a expressão: ela foi tirada do rapper MC Eiht, que diz usar a palavra desde 1988. Entre Jeahs e gírias de hip hop, Ryan Lochte ficou conhecido por usar um vocabulário de adolescente – e não foi surpresa para ninguém quando, ao contar que tinha sido assaltado em uma entrevista, ele disse que havia respondido “Whatever” (“tanto faz”) ao assaltante que encostou uma arma em sua cabeça.
 

Continua após a publicidade

3. A vez em que ele subiu no pódio com dentes patriotas

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=v-qMtFvnc9g%5D

As inclinações de Lochte para o mundo da moda chegaram a aparecer na sua carreira olímpica – e renderam muitas críticas. Quando foi ao pódio em 2012, o atleta colocou um gradeado bilhante nos dentes – típico de artistas de hip hop – que ele mesmo desenhou. O design seguia o desenho da bandeira americana. A delegação do país chegou a pedir que Ryan não recebesse a medalha com a peça. Mas ele não seria Ryan Lochte se seguisse o conselho e obedecesse e subiu no pódio portanto seus enfeites dentais de US$ 25 mil.

 

4. A vez em que ele foi o idiota do sexo

O reality show flopado não foi a única aparição de Lochte na TV. Ele também fez uma participação especial na série 30 Rock. Ele aparecia sem camisa, como acompanhante de uma mulher mais velha e de sucesso. “Esse é meu idiota do sexo”, ela explica, “é bonito, mas não tem muito cérebro”. Depois que o episódio saiu, Lochte anunciou, todo feliz, que a participação foi ótima porque ele pôde interpretar a si mesmo.

Continua após a publicidade

 

5. A vez em que ele encarnou o “Frozen”

Chegando ao Brasil, Lochte apareceu nos jornais mostrando que havia platinado seus cabelos castanhos (o que lhe rendeu algumas comparações com a personagem Elza, do filme Frozen). No início das Olimpíadas, ele afirmou à imprensa que o novo cabelo refletia sua “personalidade” e sua “espontaneidade”.

 
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.