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Diretor é preso acusado de desviar US$ 11 milhões de série com Bruna Marquezine

Carl Erik Rinsch comprou até Rolls-Royce com a grana. A série de ficção científica, que também contaria com Keanu Reeves, se chamaria Conquest e teve cenas gravadas no Brasil em 2019.

Por Bela Lobato
21 mar 2025, 18h00

O diretor Carl Erik Rinsch, conhecido pelo filme 47 Ronins, foi preso em Los Angeles acusado de embolsar US$ 11 milhões (cerca de R$ 62,8 milhões) que deveriam ter sido usados em uma produção da Netflix.

Inicialmente chamada de White Horse e, mais tarde, de Conquest, a série foi escrita por Rinsch e sua (agora) ex-esposa, Gabriela Rosés Bentancor. O enredo seria uma ficção científica sobre robôs humanoides que entram em conflito com a humanidade. 

A produção seria produzida parcialmente no Brasil e contaria com Bruna Marquezine e Keanu Reeves no elenco. No final de 2019, algumas cenas chegaram a ser filmadas em São Paulo, Los Angeles, nos EUA, Nairóbi, no Quênia, Budapeste, na Hungria e Berlim, na Alemanha.

Na ocasião, Keanu Reeves conheceu autoridades brasileiras como Bruno Covas e João Dória, e a Av. Paulista se encheu de atores vestidos de robôs futuristas. Parecia promissor, mas nos sete anos depois do pagamento adiantado da Netflix, Rinsch não entregou um único episódio. 

Segundo uma apuração do New York Times publicada em 2023, Rinsch mudou de comportamento logo após assinar o contrato. De acordo com membros do elenco e da equipe do programa, após receber e-mails e documentos judiciais do pedido de divórcio movido por sua esposa, o diretor se tornou mais errático e imprevisível.

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“Errático” é pleonasmo: ele alegava ter descoberto o mecanismo secreto de transmissão da covid-19 e ser capaz de prever a queda de raios. Gastou uma grande parte do dinheiro da Netflix parte em apostas, ações e criptomoedas, e também investiu em uma frota de Rolls-Royces, móveis e roupas de grife. 

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Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, a farra incluiu US$ 1,8 milhão em faturas de cartão de crédito, US$ 3,7 milhões em móveis e antiguidades e US$ 933 mil em colchões e roupas de cama de luxo (cerca de R$ 10,3 milhões, R$ 21,15 milhões e R$ 5,3 milhões, respectivamente.)

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Ele não quis responder às perguntas do Times e, mais tarde, teria publicado no Instagram que não cooperou porque imaginava que o artigo seria “impreciso”.

No post, teria afirmado que previu que o artigo “discutiria o fato de que eu, de alguma forma, teria perdido a cabeça… (Alerta de spoiler)… não perdi”. Na briga judicial, Rinsch alega que a empresa violou o contrato, que a Netflix é quem lhe devia pelo menos US$ 14 milhões em indenizações (R$ 80 milhões).

Segundo a acusação, entre 2018 e 2020, a Netflix despejou US$ 44 milhões (R$ 251 milhões) no projeto, mas nenhum episódio foi entregue. Quando o dinheiro acabou, Rinsch pediu mais US$ 11 milhões (R$ 62,8 milhões) e garantiu que tudo estava indo super bem nas gravações. 

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Ao perceber o tamanho do problema, a Netflix cortou o financiamento e um mediador judicial determinou que Rinsch devia à empresa cerca de US$ 9 milhões. Mas o diretor não aceitou a derrota e decidiu usar parte da fortuna desviada para processar a própria plataforma, alegando que era ele quem devia receber mais dinheiro.

Nesta semana, ao ser questionado pela Associated Press se havia lido a acusação de 12 páginas contra ele, o diretor respondeu: “não de cabo a rabo”, mas disse que ao juiz que entendia as acusações. Liberado sob fiança de US$ 100 mil (R$ 571 mil), Rinsch agora aguarda julgamento em Nova York – se condenado, poderá passar até 20 anos na prisão.

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