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Vermes e bactérias batem papo dentro do seu intestino

Não precisa entrar em pânico: a troca de informações é para o bem de sua saúde

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 4 nov 2016, 19h01 - Publicado em 29 out 2015, 18h00
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  • Reprodução Nicola Harris/EPFL
    Reprodução Nicola Harris/EPFL (/)

    Um novo estudo encontrou uma ligação entre a presença de vermes no intestino e uma melhora no sistema imunológico. Essa não é uma conexão muito óbvia, já que os vermes são nematelmintos causadores de doenças em mais de dois bilhões de pessoas no mundo, principalmente crianças que vivem com condições sanitárias precárias. Mas, como os cientistas agora provaram, eles possuem propriedades anti-inflamatórias quando se “comunicam” com as bactérias do intestino.

    Durante a pesquisa, foram utilizados porcos infectados com vermes. Os cientistas perceberam que a verminose mudou drasticamente o metabolismo dos suínos: eles passaram a produzir uma quantidade muito maior de ácidos graxos de cadeia curta. Esses ácidos são produzidos pelas bactérias intestinais, e estão associados à redução de risco de desenvolver doença inflamatória intestinal, doença cardiovascular e até câncer. O mesmo resultado foi verificado em testes com ratos.

    verme

    LEIA MAIS: Vermes são nossos parentes próximos.

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    Não pense que essa é uma ação altruísta dos vermes. É provavelmente para interesse próprio mesmo: quanto mais saudável for o hospedeiro, mais confortável fica o verme. Os únicos problemas de saúde que os parasitas querem para o humano que habitam são os que eles mesmos causam.

    Não é muito fácil entender como nematelmintos, que nem possuem cérebro, conseguem influenciar o sistema imunológico inteiro de uma pessoa. A resposta está na coevolução, ou evolução simultânea. Eles evoluíram junto com os mamíferos por milênios, o que explica a familiaridade que os vermes possuem com o corpo humano.

    Como os parasitas fazem mais mal do que bem, não faz sentido que eles sejam utilizados como remédio. Porém, com a descoberta, os cientistas poderão achar o mecanismo que faz com que as bactérias produzam mais ácidos graxos. E dessa vez, sem a necessidade de conversar com vermes.

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