Vale Tudo , os gladiadores modernos
invenção da modalidade deve-se à família Gracie, cujos integrantes, nos anos 50, desafiavam praticantes de outras lutas.
Pouca gente sabe, mas o Vale-Tudo, que se caracteriza pelo enfrentamento e cruzamento de artes marciais diferentes, surgiu no Brasil. A invenção da modalidade deve-se à família Gracie, cujos integrantes, nos anos 50, desafiavam praticantes de outras lutas. Eram combates bem diferentes dos atuais: as lutas eram disputadas em ringues de boxe e não tinham regras. Valia tudo, mesmo. A luta atual, disputada em um ringue octogonal cercado com tela de arame, foi criada em 1993, por Rorion Gracie e um promotor americano de lutas. “Nascia o Ultimate Fighting Championship”, explica Fernando Yamasaki, mestre de Jiu-Jítsu e promotor de torneios. Ironicamente, agora que o esporte se difundiu, já não vale tudo no Vale-Tudo. As transmissões pela televisão e os patrocinadores exigiram o fim da sua principal marca: a ausência de regras.
Hoje, cada torneio tem seu regulamento, mas há uma lista de coisas que nenhum deles permite, como enfiar o dedo no olho do adversário (veja os golpes proibidos na página ao lado). As lutas hoje também têm duração determinada. “Se não houver nocaute, vence quem tiver dominado o combate ou mostrado mais recursos de várias artes marciais”, diz Odair Borges, professor de educação física e autor de artigos sobre o Judô e o Jiu-Jítsu.
Vale-Tudo
O filho de todas as lutas
Reportagem Fotográfica