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Vacinas reduzem fortemente o risco de Covid longa, conclui grande estudo

Pesquisa usou dados de mais de 440 mil pessoas que contraíram o vírus nos dois primeiros anos da pandemia.

Por Bruno Carbinatto
28 jul 2024, 12h00

A vacinação contra o Sars-Cov-2 reduz significativamente os riscos de se desenvolver Covid longa, a síndrome com sintomas de longo prazo após uma infecção pelo coronavírus. A conclusão é de um estudo que analisou o dado de mais de 440 mil pacientes.

Cientistas utilizaram informações do Departamento dos Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, uma agência federal que fornece serviços de saúde para os militares veteranos americanos. Analisando os dados de pessoas que foram infectadas nos dois primeiros anos da pandemia, a equipe descobriu que os riscos de Covid longa eram muito menores em quem tinha sido vacinado antes da infecção.

Além dos pacientes que contraíram o vírus no período, o estudo também incluiu os dados de quatro milhões de pessoas que não pegaram Covid para fins de comparação. Os resultados foram publicados na revista científica New England Journal of Medicine.

A Covid longa é a condição em que algumas pessoas continuam com sintomas diversos após uma infecção pelo vírus, podendo se estender por longos períodos, como meses ou mesmo anos. Sua origem ainda não é totalmente compreendida pela ciência e os principais sintomas incluem dores no corpo, fadiga, perda de memória e confusão mental.

Com base em pesquisas anteriores, cientistas e médicos já indicavam que os riscos de Covid longa eram menores em pessoas vacinadas, mas o novo estudo traz a evidência mais robusta até agora dessa relação.

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Em geral, a aparição de Covid longa é mais comum em pessoas que tiveram casos mais graves, com sintomas mais severos, e a vacinação ajuda a prevenir a evolução da doença.

A pesquisa analisou os dados em três períodos distintos, considerando as variantes do vírus que estavam em circulação naquele momento. Na era da variante Delta, no começo da pandemia, 10,4 pessoas em cada 100 desenvolveu Covid longa; não havia vacinas disponíveis ainda.

Na era da variante Delta, 9,5 pessoas não-vacinadas a cada 100 teve Covid longa; entre os vacinados, a taxa foi de 5,3 a cada 100. Já na Ômicron, a diferença foi ainda maior: 7,7 entre os não-vacinados versus 3,5.

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O estudo, então, conclui que a vacinação diminui as chances de se desenvolver a síndrome, mas não é uma garantia. O artigo também conclui que a incidência da Covid longa foi caindo ao longo do tempo, mesmo entre não vacinados.

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