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Vacina da Pfizer neutraliza variante Omicron com três doses, afirma empresa

Duas doses do imunizante ainda oferecem proteção para casos graves de contaminação pela nova variante, segundo estudos preliminares.

Por Luisa Costa
Atualizado em 25 jul 2022, 11h40 - Publicado em 8 dez 2021, 16h29

Nesta quarta-feira (8), Pfizer e BioNTech anunciaram que estudos preliminares demonstraram que três doses de sua vacina contra a Covid-19 oferecem proteção contra a variante Omicron. Segundo os fabricantes, duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos, embora ainda ofereçam proteção contra casos graves. A terceira dose seria necessária para restaurar a proteção contra o vírus, aumentando os anticorpos em 25 vezes.

Pfizer e BioNTech informaram que continuarão a coletar dados a partir de estudos em laboratório, além de avaliar a eficácia do imunizante contra a Omicron no mundo real. As empresas acrescentam que começaram a desenvolver uma vacina específica para a nova variante e acreditam que poderiam oferecê-la em março de 2022, se necessário.

“Garantir que o maior número possível de pessoas esteja totalmente vacinado com as duas primeiras doses e com a de reforço continua sendo a melhor forma para prevenir a disseminação do Covid-19”, disse Albert Bourla, presidente da Pfizer.

Em novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Pfizer, e o Ministério da Saúde liberou sua aplicação em pessoas maiores de 18 anos.

A nova variante

A variante Omicron, ou B.1.1.529, foi identificada na África do Sul há duas semanas e classificada como uma “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – mesmo grupo das variantes Alfa, Beta, Delta e Gama. 

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Ela tem mais mutações do que as outras variantes do Sars-Cov-2 (50 no total), e 32 delas estão na proteína spike. Essa é a “chave” do vírus para infectar células humanas, sendo o principal alvo das vacinas.

era esperado que a Omicron pudesse driblar parcialmente os anticorpos gerados pela vacinação ou pela infecção por variantes anteriores. Isso é comum: conforme mais variantes apareciam ao longo da pandemia, as vacinas perdiam força. Mas (mais importante) elas continuaram muito eficazes contra Covid grave, evitando internações e mortes.

A Omicron já foi detectada em vários países e protagonizou eventos de “superespalhamento” na Noruega e Dinamarca, mas ainda não levou a mortes. No Brasil, seis casos de contaminação pela nova variante foram identificados até o momento – pessoas que já foram vacinadas e apresentam sintomas leves –, e outros casos estão sendo investigados.

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