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Taxação de bebidas açucaradas pode economizar R$81 bi da saúde em 10 anos

Estudo aponta que taxação entre 20% e 30% nesses produtos diminuiria as taxas de obesidade e os gastos com saúde pública

Por Bela Lobato
20 jul 2024, 10h00

O aumento de impostos sobre bebidas açucaradas pode reduzir custos diretos e indiretos com saúde no Brasil, gerando uma economia de até R$81 bilhões em uma década. É o que aponta a modelagem publicada por pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em parceria com instituições canadenses e mexicanas e publicada nesta quarta (17) na revista científica PLOS Medicine. Os cálculos envolvem custos diretos, como internações, medicamentos, exames e serviços médicos, e custos indiretos, como produtividade, afastamentos profissionais, entre outros.

A pesquisa utilizou os dados de mais de 37 mil adultos acima de 20 anos, obtidos da edição mais recente da Pesquisa de Orçamentos Familiares, do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Os números permitiram estimar como mudanças nos preços afetariam o consumo de vários produtos, como refrigerantes, energéticos e isotônicos – e consequentemente, qual seria o impacto disso no peso e saúde dos consumidores. 

As simulações com taxas de 20% e de 30% apontam que ambas as propostas seriam benéficas para a saúde dos brasileiros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda impostos de 20% sobre as bebidas açucaradas. Segundo o estudo, com a implementação de um imposto de 20%, a prevalência da obesidade poderia ser reduzida em quase 7% em dez anos, enquanto taxas de 30% trariam uma diminuição de até 9% neste indicador. 

“Mudar preços é uma medida bem importante para estimular comportamentos de consumo mais saudáveis”, comenta Paula Pereda, pesquisadora da USP e uma das autoras do artigo em nota.

Segundo dados do IBGE, a obesidade no Brasil saltou de 11,8% em 2009 para 20,3% em 2019. Previsões estimam que, em 20 anos, 75% dos brasileiros estará acima do peso. Seguindo a tendência atual, o país teria 10,9 milhões de novos casos de doenças crônicas associadas ao sobrepeso e obesidade nas próximas duas décadas.

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Em votação da regulamentação da reforma tributária, na última quarta (10) na Câmara, esses produtos foram mantidos na lista de itens que devem receber imposto extra, o imposto seletivo, por serem prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. Agora, o texto segue para análise do Senado Federal, e a alíquota que será adotada para a tributação de bebidas açucaradas ainda será discutida.

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