Mulher-fôlego
A preparação física envolverá o trabalho aeróbico e começa em janeiro. A parte mental é muito importante e conto com a ajuda de uma psicóloga.
Joanna de Assis e Lilian Hirata
A pernambucana Karoline Meyer, 35 anos, é recordista mundial de apnéia estática, prova em que é preciso ficar o maior tempo possível sem respirar na piscina ou no mar. A atleta tenta recuperar o lugar mais alto (hoje ocupa a 4ª posição) no ranking mundial da Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apnéia (Aida) e superar o atual recorde, de 6 minutos e 16 segundos, pertencente à canadense Mandy-Rae Cruickshank.
Quando pretende quebrar o recorde mundial? E como você está se preparando?
Em 14 de setembro de 2004, em Fernando de Noronha, no 16º aniversário do Parque Marinho de Noronha. Será em uma piscina natural.
A preparação física envolverá o trabalho aeróbico e começa em janeiro. A parte mental é muito importante e conto com a ajuda de uma psicóloga.
Depois da criação da Aida no Brasil, o interesse pela apnéia aumentou?
Seguramente. No início não havia ninguém e hoje são 120 sócios. Em 1999, quando quebrei na França o recorde mundial de apnéia estática, com 6 minutos e 2 segundos, fui competir sozinha. Não havia nenhum brasileiro comigo.
O que a Aida Brasil está fazendo para atrair gente?
Realizamos provas indoor (em espaços fechados, como clubes) todo mês de janeiro em Santa Catarina. Isso incentiva os interessados e é uma forma de mostrar como se pratica o esporte com segurança. Muitos acham que é só entrar na piscina e prender a respiração. Por isso, é muito comum ocorrer desmaios entre os mal-informados.