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Estudo projeta 90 mil mortes por Covid-19 no Brasil até agosto

A pesquisa, feita na Universidade de Washington, considera as medidas tomadas no país e dados preexistentes para chegar às estimativas.

Por Carolina Fioratti
14 Maio 2020, 16h23
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  •  (Buda Mendes/Getty Images)

    Um estudo feito pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, sigla para o nome em inglês) da Universidade de Washington (EUA) prevê que, até agosto, o Brasil terá 90 mil mortes pela doença. 

    Até o momento, o Brasil é o sexto país com mais infecções por coronavírus confirmadas no mundo, somando cerca de 196 mil casos desde o início do surto. Só na última-quarta feira (13), o país registrou 749 novas mortes, chegando a 13 mil vítimas de Covid-19.

    Para chegar às projeções, os pesquisadores do IHME tomam como base as políticas públicas aplicadas pelo governo de cada país e também os dados oficiais já divulgados, como número de infectados e internados. Por enquanto, a maior parte dos estados brasileiros está adotando o isolamento social, mas algumas cidades deram um passo adiante e decretaram lockdown (saiba o que significa cada uma dessas medidas nesta matéria da Super)

    As métricas indicam que o novo coronavírus atingirá seu pico de infectados no dia 2 de junho, com cerca de 204 mil casos em um só dia (o cálculo também considera pessoas não testadas e assintomáticas). Até esta quinta (14), estima-se, em média, 190 mil infectados espalhados pelo país. 

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    Entre 17 de junho e 9 de julho, as mortes podem chegar a marca de mil por dia, passando a cair lentamente depois desse período. Os Estados Unidos, que são agora o epicentro da doença, chegaram a registrar mais de duas mil mortes por dia, mas as projeções indicam um período de recuperação para os próximos meses.  

    O governo americano tem utilizado as projeções do IHME para tomar algumas decisões. Foi com base nesses dados, inclusive, que o presidente Donald Trump anunciou que poderiam ter mais de dois milhões de mortes se não aderissem ao isolamento social, mas que ficariam entre 100 e 200 mil mortes na primeira onda de contágio caso contassem com a medida. Até o momento, o país registrou 82 mil óbitos, com previsão de 147 mil até agosto.

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    Mas, nos EUA, existem alguns críticos ao modelo do IHME. Eles argumentam que os cálculos prevêem um pico, e consequentemente uma queda, rápidos demais. Dessa forma, o estudo estaria subestimando o número de mortes. Ou seja, acredita-se que o cenário pode ser ainda pior do que o instituto projeta

    As estimativas trazem ainda dados sobre o número de leitos necessários para atender à demanda de pacientes. De meados de junho ao início de julho, serão precisos, por dia, cerca de 11 mil vagas de UTI para atender a todos os pacientes. Mas, há apenas 4.060 disponíveis. O Brasil não tem leitos em UTIs para atender a todos os infectados desde 3 de maio – e deve continuar sem até agosto. 

    A pesquisa não abrange todos os países com casos de infecção. Por enquanto, o Brasil é um dos poucos sul-americanos presentes na lista. Os estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo receberam uma atenção especial. Ao buscar os dados por localidade, são mostradas informações sobre o distanciamento social e a implementação de medidas, como fechamento de escolas e outros estabelecimentos. 

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