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Curativo elétrico é 30% mais rápido no tratamento de feridas crônicas

A tecnologia, que se ativa ao entrar em contato com uma gota d'água, foi desenvolvida para tratar feridas persistentes, como as de pessoas com diabetes.

Por Bela Lobato
Atualizado em 23 ago 2024, 09h49 - Publicado em 18 ago 2024, 16h00
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  • Foto de um curativo movido a água e sem eletrônicos (WPED) para estimulação elétrica de feridas.
     (Rajaram Kaveti/Reprodução)

    Existem feridas que cicatrizam lentamente ou nunca cicatrizam comuns, por exemplo, em pessoas com diabetes. Elas costumam reaparecer mesmo após o tratamento e aumentam significativamente o risco de amputação nos membros atingidos.

    Um dos desafios associados às feridas crônicas é que as opções de tratamento existentes são caras ou desconfortáveis.

    Agora, pesquisadores afirmam ter desenvolvido um curativo barato que usa um campo elétrico para estimular a cicatrização. Em um estudo publicado na revista especializada Science, os autores afirmam que, em testes com animais, o método acelerou em 30% a cicatrização das feridas crônicas em comparação com curativos convencionais.

    “Testamos os curativos em camundongos diabéticos, que são um modelo comumente usado para a cicatrização de feridas humanas”, diz Maggie Jakus, coautora do estudo e estudante de pós-graduação da Columbia.

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    “Descobrimos que a estimulação elétrica do dispositivo acelerou a taxa de fechamento da ferida, promoveu a formação de novos vasos sanguíneos e reduziu a inflamação, o que aponta para uma melhora geral na cicatrização.” 

    O curativo é descartável e maleável. De um lado eletrodos ficam em contato com a pele, e, do outro, há uma pequena bateria biocompatível. É necessário aplicar uma gota de água na bateria para ativá-la. O campo elétrico pode durar horas.

    Os eletrodos foram projetados de forma a se dobrarem com o curativo e se adaptarem à superfície das feridas crônicas, que geralmente são profundas e de formato irregular.

    “Essa capacidade de adaptação é fundamental, pois queremos que o campo elétrico seja direcionado da periferia da ferida para o centro da ferida”, diz Rajaram Kaveti, principal autor do estudo.

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    “Para focalizar o campo elétrico de forma eficaz, é necessário que os eletrodos estejam em contato com o paciente tanto na periferia quanto no centro da ferida. E como essas feridas podem ser assimétricas e profundas, é necessário ter eletrodos que possam se adaptar a uma ampla variedade de características de superfície.”

    Essas características garantem uma versatilidade do curativo, que é fácil de ser aplicado e não atrapalha a mobilidade dos pacientes. “Também queríamos garantir que a tecnologia fosse fácil o suficiente para as pessoas usarem em casa, em vez de algo que os pacientes só pudessem receber em ambientes clínicos.”,  diz Amay Bandodkar, coautor do trabalho.

    A tecnologia ainda precisa passar por ajustes antes de ser testada em humanos. “As próximas etapas para nós incluem trabalho adicional para ajustar nossa capacidade de reduzir as flutuações no campo elétrico e estender a duração do campo. Também estamos avançando com testes adicionais que nos aproximarão dos testes clínicos e, por fim, do uso prático que pode ajudar as pessoas”, diz Bandodkar. 

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