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Coração de pessoas com Covid fica diferente, aponta estudo

Principal alteração é de como suas células regulam o cálcio, o que deixa o tecido do órgão semelhante ao de gente com insuficiência cardíaca.

Por Alexandre Carvalho
22 fev 2023, 18h38

Já havia estudos revelando uma associação entre a Covid e problemas cardíacos. Indivíduos infectados pelo coronavírus tiveram taxas mais altas de arritmia e até derrame. 

A novidade apresentada pelo dr. Andrew Marks, presidente do departamento de Fisiologia da Universidade de Columbia (EUA), juntamente com um grupo internacional de biofísica, é que nosso principal órgão pode sofrer mudanças por causa da doença. 

Na reunião anual da Biophysical Society, esses pesquisadores relataram alterações no tecido do coração de pacientes que morreram de Covid. A equipe realizou autópsias e encontrou uma série de anormalidades, principalmente na forma como as células cardíacas regulam o cálcio. E aqui vale uma explicação. 

Todos os músculos, incluindo o coração, dependem do cálcio para se contrair. As células musculares armazenam cálcio e abrem canais para liberá-lo quando necessário. Mas em algumas condições, como insuficiência cardíaca, esses canais permanecem abertos, como se estivessem em uma tentativa desesperada de ajudar o músculo do coração a se contrair mais ativamente. E nessa o vazamento de cálcio acaba esgotando os estoques do elemento. Resultado: o músculo fica enfraquecido. Os pesquisadores identificaram que o tecido cardíaco dos mortos por Covid se assemelhava ao das pessoas que têm insuficiência cardíaca. 

Marks já desenvolveu um medicamento que pode resolver esse vazamento de cálcio, mas só deve testá-lo em humanos após estudos com camundongos e hamsters, nos quais pretende verificar mais detalhadamente as alterações na função cardíaca, tanto durante a infecção por Covid quanto após a recuperação. Assim conseguirá, espera, documentar eventuais efeitos prolongados da doença sobre o órgão. 

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“Os dados que apresentamos mostram que há mudanças significativas no coração”, diz o principal autor da pesquisa. “A causa e as consequências no longo prazo precisam ser mais estudadas.”

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