Carlos Chernij
Se você já andou de guarda-chuva numa ventania, sabe que, se ele estiver inclinado a favor do vento, vai empurrá-lo para a frente. Mas tente ir contra o vento e verá que é difícil sair do lugar – isso se você não for empurrado para trás. Igualzinho a um barco a vela, certo? Errado! Os veleiros de hoje conseguem navegar quase que contra o vento. Não funciona tão bem quanto com vento de popa, mas é melhor do que ter de baixar velas e ficar esperando.
O segredo está no formato da vela, triangular. As velas retangulares, como as das caravelas, funcionam como o guarda-chuva e servem para aproveitar ventos que venham de trás ou das laterais do barco. Já as triangulares funcionam como asas de avião (veja abaixo) e servem para navegar em ângulos de até 40 graus em relação ao vento.
No século 19, os marujos já tinham algum conhecimento desse processo. “Mas foi durante a Primeira Guerra, com o desenvolvimento da aviação, que se compreendeu melhor o funcionamento das asas e, assim, das velas triangulares”, explica Alexandre Simos, professor do curso de Engenharia Naval da USP.
A teoria em prática
Empurrar um veleiro requer um bocado de física
Que nem asa de avião
O vento que passa por cima da parte curvada tem velocidade maior que o que passa por dentro. A pressão mais alta da parte de dentro empurra o barco
Acertando o grau
A força gerada pela vela empurra o barco para o lado. Para contrabalançar, a bolina gera uma força lateral na direção oposta à da vela, equilibrando a trajetória
De ladinho
Como a vela faz força para um lado e a bolina para o outro, o barco acaba navegando sempre inclinado ou, como dizem os velejadores, adernado
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