Quem disse? Já foi o tempo em que cortar a carne vermelha da alimentação era considerado um hábito saudável. Hoje em dia, especialistas avaliam que a carne deve ser consumida com moderação, já que contém gordura saturada, que eleva o LDL, o colesterol ruim. Mas tirá-la do cardápio equivale a privar o seu corpo de uma série de nutrientes importantes. Para começar, ela é uma excelente fonte de proteínas completas, ricas em aminoácidos essenciais que não podemos sintetizar. Um bife de contrafilé contém 36% de proteínas, uma façanha entre os alimentos. A carne fornece vitaminas do complexo B, que auxiliam as células nervosas. Boi, porco e peru também são fontes eficientes de minerais como o zinco, importante para a pele e o sistema imunológico, e o ferro, que é vital para a boa saúde e a prevenção de anemia. Sem falar que cortes magros desses animais possuem níveis moderados de gordura. Cem gramas de lombo assado contêm menos colesterol que a mesma quantidade de bacalhau refogado (100 miligramas contra 112 miligramas). Talvez essas vantagens expliquem por que grandes amantes de carne vivem muito em diversos países. Os argentinos, maiores carnívoros do planeta, comem 68 quilos de carne vermelha por ano. E surpresa: sua expectativa de vida é de 75,3 anos, contra 72,4 dos brasileiros. Os uruguaios, em 2o lugar no ranking dos carnívoros (40 quilos anuais), vivem ainda mais: 76,4 anos. Sinal de que carne vermelha não é, necessariamente, inimiga da boa saúde.