Cantar acelera a cura da depressão pós-parto
Parece que a expressão “quem canta seus males espanta” não está tão errada assim.
Segundo a OMS, 19,8% das mães em países de baixa renda vão sofrer de algum grau de depressão pós-parto. Um estudo feito pela Fiocruz, no Brasil, estima que o índice de mulheres com sintomas é de 26,3% – mais de uma em cada quatro brasileiras. E um estudo publicado pelo British Journal of Psychiatry descobriu que cantar junto com bebês pode acelerar a recuperação de mães com essa condição.
O estudo foi realizado com 134 mães que apresentavam depressão pós-parto; elas foram divididas em três grupos: um com sessões de cantoria, outro com sessões de brincadeiras criativas e um terceiro com os tratamentos típicos da condição – apoio familiar, antidepressivos e sessões de mindfulness.
Os workshops musicais envolviam cantigas de ninar e canções de todos os lugares do mundo – além de um momento em que as mães poderiam criar, juntas, músicas sobre a maternidade.
Todas as mães de todos os grupos, felizmente, tiveram uma melhora ao final do estudo, que durou dez semanas -, mas as mães do primeiro grupo demonstraram uma regressão de 35% em sintomas depressivos já na sexta semana de tratamento.
Dra. Rosie Perkins, principal responsável pelo estudo, falou à BBC sobre a importância da pesquisa. “Depressão pós-parto é muito debilitadora para mães e famílias, e nossa pesquisa indica que, para algumas mulheres, algo muito simples e acessível como cantar com seus bebês pode ajudar com a recuperação de um dos momentos mais delicados de suas vidas”, comentou.