Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Calor extremo pode acelerar envelhecimento biológico em até dois anos

O estudo acompanhou mais de 3 mil pessoas com mais de 56 anos, e percebeu um descompasso entre a idade cronológica e a biológica.

Por Maria Clara Rossini
26 fev 2025, 16h00

Você já percebeu que algumas pessoas parecem mais jovens ou velhas em relação à idade que têm? O corpo nem sempre acompanha o número de velas no bolo – afinal, os hábitos adotados ao longo da vida e condições do ambiente influenciam fortemente a maneira como a pessoa envelhece. 

Na última década, pesquisadores têm encontrado maneiras de medir a idade epigenética do indivíduo. Ela se refere ao nível de envelhecimento das células e tecidos, e pode ser verificada principalmente pela metilação do DNA, que regula a expressão dos genes.

Uma série de fatores pode influenciar a idade epigenética: alimentação, exercício físico, estresse, sono, entre outros. Um novo estudo publicado no periódico Science Advances aponta um novo acelerador do envelhecimento do corpo: a exposição a longos períodos de calor extremo.

A pesquisa avaliou apenas pessoas com mais de 56 anos. A idade média dos participantes era de 68 anos. Entre 2010 e 2016, cientistas coletaram sangue de 3.686 adultos estadunidenses de diferentes contextos socioeconômicos. Eles utilizaram três métodos de análise de DNA para verificar o envelhecimento epigenético e compararam os resultados com o histórico de calor extremo na cidade em que cada participante mora.

A definição de calor extremo leva em conta tanto a temperatura quanto a umidade do local, o que influencia a sensação térmica. É classificado como “cuidado” uma sensação térmica que varia de 26,7 ºC a 32,2 ºC. “Cuidado extremo” vai de 32,2 ºC a 39,4 ºC. E “perigo” considera sensações térmicas de 38,9 ºC a 51,1 ºC. Qualquer valor acima disso é considerado perigo extremo.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

As pesquisadoras verificaram que morar em locais com mais dias de calor ao longo de um e seis anos aumenta a idade epigenética. O aumento foi de 2,48 anos de acordo com o método PCPhenoAge, 1,09 anos segundo o PCGrimAge, e 0,05 anos conforme o DunedinPACE.

O envelhecimento epigenético acelerado, por sua vez, está relacionado a maior risco de doenças e mortalidade. “O estudo oferece evidências fortes para guiar políticas públicas e iniciativas voltadas a desenvolver estratégias de mitigação das mudanças climáticas”, escrevem as autoras do estudo.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de 9,90/mês*
ECONOMIZE ATÉ 63% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Você pediu, a gente ouviu. Receba a revista em casa a partir de 9,90.
a partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.