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Brasil pode proibir gordura trans em breve

A proposta de riscar esse nutriente dos alimentos foi analisada por senadores. Agora, deve seguir para a Câmara dos Deputados

Por Ana Luísa Moraes, de Saúde
9 Maio 2017, 19h22

Não é de hoje que a gordura trans é apontada como inimiga da saúde — infarto, derrame, diabete, inflamação e falhas na memória são só alguns dos prejuízos que ela pode causar. Aliás, desde 2006 vigora uma lei no Brasil que obriga os fabricantes a indicar no rótulo a quantidade desse componente em alimentos industrializados. O próximo passo, como apontam os senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), é banir de vez a vilã.

O projeto, de autoria da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), agora vai ser avaliado e votado na Câmara dos Deputados. Se ele passar por todos os trâmites necessário, deve entrar em vigor em um prazo de três anos, o que dá tempo para as empresas se adaptarem à mudança.

A gordura saturada, presente em produtos como margarina, sorvetes, pratos congelados, biscoitos e macarrão instantâneo, é formada a partir de óleos vegetais que sofrem um processo de hidrogenação artificial. Ou seja: o hidrogênio é “forçado” para dentro das moléculas de gordura, o que melhora a textura e o gosto e aumenta a vida útil dos alimentos.

Essas qualidades faziam da substância um ingrediente comum entre os produtos processados. Anos atrás, quando a pressão para retirá-la dos alimentos aumentou, muitas empresas passaram a apostar no óleo de palma como um substituto. Acontece que ele é composto por gordura saturada, outro item pouco prestigiado pelos nutricionistas. Até por isso, a proposta em discussão inclui medidas que visam estimular o desenvolvimento de tecnologias que dispensem o uso de outras gorduras danosas na manufatura dos alimentos industrializados de forma a substituir a trans.

Lá fora

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Em junho de 2015, o Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, determinou que a gordura trans deveria ser removida de todos as embalagens do país também em um período de três anos. Mas há tempos a legislação norte-americana tem trabalhado nessa questão. Entre 2007 e 2011, 11 cidades do estado de Nova York proibiram que restaurantes da região usassem óleos hidrogenados em suas preparações.

Posteriormente, um estudo publicado no periódico JAMA Cardiology mostrou que, nessas áreas, o número de pessoas que sofreram ataques cardíacos caiu 7,8%. Os resultados persistiram mesmo quando os cientistas controlaram fatores como estilo de vida e qualidade da saúde pública. Se o Brasil experimentar um efeito parecido, milhares de vidas serão poupadas com a nova medida.

Este conteúdo foi publicado originalmente em SAÚDE.

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