Substância causa dano reprodutivo em ratas
Em um estudo publicado por cientistas brasileiros(1), cobaias que ingeriram glifosato apresentaram alterações nos ovários: menos folículos primários (um tipo de célula do útero) e dilatação do corpo lúteo, estrutura uterina que fabrica progesterona. Isso aconteceu mesmo com doses bem pequenas, de 0,0003 a 0,03 miligrama, ministradas durante um período relativamente curto (28 dias).
Bayer é acusada de propaganda enganosa
A multinacional alemã, que produz o herbicida Roundup, fez acordo com o governo do estado de Nova York e irá pagar uma multa de US$ 6,9 milhões. Motivo: segundo as autoridades, a fabricante apresentava o Roundup, cujo ingrediente ativo é o glifosato, como se ele fosse inofensivo para a vida animal – e menos nocivo para o meio ambiente que sabão ou detergente de lavar louça(2).
Fabricante começa a se afastar do produto
Em 2021, a Bayer anunciou que iria parar de vender o Roundup para uso em jardinagem, no mercado americano, a partir de 2023 (ele só poderia ser usado em agricultura profissional). Isso ainda não ocorreu. Mas a empresa começou a oferecer uma nova versão, o Roundup NL, que não contém glifosato – é feito de ácido pelargônico, naturalmente presente nas plantas do gênero Pelargonium.
Fontes: 1. Subacute exposure to Roundup® changes steroidogenesis and gene expression of the glutathione-glutaredoxin system in rat ovaries: Implications for ovarian toxicity of this glyphosate-based herbicide. L Zanatta e outros, 2023. 2. Attorney General James Secures $6.9 Million from Bayer and Monsanto for False Advertising of Roundup® Weedkillers. New York State Attorney General, 15/6/2023.