Um escorpião, se picado por outro, sente o efeito do veneno?
Existem cerca de 1 260 espécies conhecidas desse animal, que reagem de forma diferente tanto à peçonha de colegas da mesma espécie quanto à de espécies diferentes. Muitas delas são extremamente resistentes: seria necessária uma quantidade equivalente a várias picadas para levá-las à morte. “A resistência do escorpião ao seu próprio veneno é fruto da […]
Existem cerca de 1 260 espécies conhecidas desse animal, que reagem de forma diferente tanto à peçonha de colegas da mesma espécie quanto à de espécies diferentes. Muitas delas são extremamente resistentes: seria necessária uma quantidade equivalente a várias picadas para levá-las à morte. “A resistência do escorpião ao seu próprio veneno é fruto da hemolinfa, um líquido que tem a mesma função do sangue nos invertebrados. Essa substância consegue neutralizar as toxinas do veneno”, afirma o etólogo Rogério Bertani, do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, em São Paulo, especialista em aracnídeos, classe à qual pertencem os escorpiões. Assim, só pode ser um mito a história de que eles se suicidam quando estão acuados e correndo risco de vida, já que a quantidade que poderiam injetar em si mesmos teria efeito praticamente nulo sobre seu organismo.
Muitas espécies são canibais, mas, normalmente, os indivíduos menores é que são devorados pelos maiores, que utilizam apenas sua força física para subjugar a vítima. Os escorpiões são animais pré-históricos, cujos fósseis mais antigos datam de 420 milhões de anos – 200 milhões de anos antes do surgimento dos dinossauros! Das mais de mil espécies conhecidas, cerca de 90 podem ser encontradas no Brasil, sendo que o Tityus serrulatus, chamado de escorpião amarelo, é o que causa os acidentes humanos mais graves no país.