Que pessoas famosas já foram excomungadas pela Igreja?
Conheça algumas figuras históricas (e uma cantora pop) que receberam a punição máxima da Igreja Católica
PERGUNTA Gabriel Duarte, Espera Feliz, MG
Reis, imperadores, presidentes e até artistas. A excomunhão é considerada a maior pena da Igreja Católica. A pessoa é expulsa do convívio na comunidade católica: não pode mais frequentar missas, se confessar, ocupar cargos eclesiásticos ou receber a extrema-unção no leito de morte. Segundo as regras do Vaticano, a punição pode ser aplicada a quem praticar aborto ou heresia, consagrar bispos sem autorização ou rejeitar o papa e outros membros do clero. Veja abaixo (e na ilustração acima) algumas figuras históricas e artísticas que já passaram por essa espécie de exílio religioso.
Martinho Lutero
Um dos expoentes da chamada reforma protestante, o monge alemão criticava o modus operandi da Igreja e escreveu um documento conhecido como As 95 Teses. Resultado? Expulso do rebanho em 1521.
Henrique 8º
Numa época em que casamentos tinham que ser para sempre, o rei inglês queria fazer a fila andar para poder se casar de novo. Não teve aval do papa e criou a própria igreja. Acabou excomungado em 1534.
Napoleão Bonaparte
Vaidoso e ambicioso, o imperador da França cutucou a Igreja várias vezes. Desafiou o papa, tomou terras do Vaticano e invadiu Roma para anexá-la ao seu império. Foi expulso da instituição em 1809.
Juan Perón
O presidente da Argentina (sim, aquele casado com Evita Perón) comprou briga com o catolicismo após expulsar do país os bispos Manuel Trato e Ramon Novoa. Acabou recebendo o cartão vermelho em 1955.
Fidel Castro
O comunismo sempre teve uma relação conturbada com a religião. Então, não é surpresa que o parceiro de Che Guevara tenha sido banido da Igreja em 1962 após instituir um governo comunista em Cuba.
Sinead O’Connor
No auge do sucesso da balada “Nothing Compares 2 U”, a cantora rasgou a foto do papa João Paulo 2º ao vivo durante o programa Saturday Night Live. O ato causou intensa polêmica e Sinead alegou que queria apenas realizar um protesto contra a Igreja. De qualquer maneira, ela só foi expulsa em 1999, ao virar sacerdotisa numa seita católica independente.
E Madonna?
A cantora, que já se envolveu em dezenas de controvérsias ao utilizar elementos do imaginário católico em suas músicas, clipes e shows, alega ter sido excomungada três vezes. Porém, não há registros oficiais de sua expulsão. Seria tudo um golpe de marketing?
CONSULTORIA Bruno Feitler, professor de história moderna da Unifesp, e Diego Omar da Silveira, professor de história moderna da Universidade do Estado do Amazonas
FONTES Sites Britannica, Opera Mundi, G1 Mundo, Gazeta do Povo e IstoÉ; livro História para o Ensino Médio, de Claudio Vicentino e Gianpaolo Dorig