Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Quais são as vacinas infantis?

Este conteúdo foi produzido em 2003. As informações podem estar desatualizadas.

Por Meire Cavalcante
Atualizado em 22 fev 2024, 11h01 - Publicado em 18 abr 2011, 18h54

Em nosso país, o calendário oficial de vacinação do Ministério da Saúde totaliza cinco: BCG (contra tuberculose), VOP (poliomielite), tetravalente (tétano, difteria, coqueluche e meningite), SRC (sarampo, rubéola e caxumba) e a vacina contra hepatite B. Em alguns estados, há ainda uma sexta vacina, contra febre amarela. Todas têm datas específicas do ano para sua aplicação e a maioria demanda três doses e um reforço. O termo “vacina” vem do latim vaccina, que quer dizer “da vaca”. Isso porque a vacina contra a varíola foi criada pelo médico inglês Edward Jenner, ao observar que, depois de contrair a varíola bovina, a pessoa ficava imune à varíola humana. Após 20 anos de pesquisas, em 1796 ele fez sua primeira experiência vacinando com sucesso um menino de 8 anos. Mesmo sofrendo resistência inicial da comunidade médica, a vacina passou a ser mundialmente utilizada.

Pena que Jenner não tenha vivido para testemunhar, em 1980, a varíola ser considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde. “As vacinas revolucionaram a medicina e trouxeram uma grande conquista na luta contra doenças graves. A estimativa é que dentro de cinco anos a paralisia infantil também seja erradicada. No Brasil, essa doença não existe há mais de 20 anos”, diz o pediatra Paulo T. Maluf Jr., da Universidade de São Paulo (USP). É fundamental, porém, tomar todas as doses do calendário. Se forem necessárias três aplicações e a mãe só levar o filho para uma ou duas, a criança não estará totalmente imune à doença. “Todas as vacinas podem apresentar efeitos colaterais, como febre ou dores. Mas isso é natural e não deve ser motivo para ter medo nem deixar de aplicar todas as doses”, diz o epidemiologista Jarbas Barbosa, do Ministério da Saúde.

Calendário de imunização
Em seu primeiro ano de vida, a criança não pode deixar de tomar as seguintes vacinasBCG

Contra formas graves de tuberculose

• Dose única, assim que a criança nasce

Continua após a publicidade

• Aplicação por injeção intradérmica (por debaixo da pele), que deixa aquela marca no braço direito por toda a vida

• A perfuração pode causar uma leve ferida com pus

• A sigla abrevia o nome do bacilo que causa a tuberculose (Bacilo de Calmette-Guérin). Foram os médicos franceses Albert Calmette e Camille Guérin que desenvolveram a vacina

Vacina contra Hepatite B

• Três doses: ao nascer, no primeiro e no sexto mês

• Aplicação por injeção intramuscular, na coxa

Continua após a publicidade

• Como é obtida por engenharia genética, é raro apresentar efeitos colaterais

• Isoladamente, a hepatite B não é tão perigosa, mas a vacinação é importante para evitar que a doença cause câncer de fígado na fase adulta

VOP

Vacina Oral contra Poliomielite

• Três doses: aos 2, aos 4 e aos 6 meses

• Ministrada em gotas

Continua após a publicidade

• Possíveis efeitos colaterais: náusea e vômito

• Até recentemente, a vacina tinha o nome de seu inventor, o microbiologista polonês Albert Sabin. Nas últimas décadas, ela erradicou a doença no Brasil através da bem-sucedida campanha com o personagem Zé Gotinha

DTP ou Tríplice Bacteriana

Contra tétano, difteria e coqueluche

• Três doses: aos 2, aos 4 e aos 6 meses

• Injetada na coxa ou nas nádegas

Continua após a publicidade

• De todas as vacinas, é a que mais apresenta efeitos colaterais: de febre a alterações neurológicas que provocam choro intenso e dores no corpo

HIB

Contra meningite causada pelo Haemophilus influenzae tipo B

• Três doses: aos 2, aos 4 e aos 6 meses

• Injetada nas nádegas

• Pode provocar febre baixa

Continua após a publicidade

• A vacina é específica para a meningite e outras infecções causadas pela bactéria Haemophilus b. Existem outros agentes que provocam a doença, por isso o Ministério da Saúde brasileiro pesquisa mais uma vacina que atenda diferentes necessidade regionais

Em 2002, a DTP e a HIB foram transformadas em uma única vacina: a Tetravalente. Isso significa uma injeção a menos para a criançada

SRC ou Tríplice Viral

Contra sarampo, rubéola e caxumba

• Dose única aos 12 meses

• Aplicação por injeção intramuscular

• Efeitos colaterais: depois de dez dias, podem aparecer pequenas manchas pelo corpo (sintomas da rubéola) e leve febre

• Em alguns calendários, a vacina aparece com o nome MMR, sigla que abrevia a nomenclatura das três doenças em inglês

Doses de reforço

A partir dos 15 meses, a criança deve tomar os reforços obrigatórios das vacinas. Nessa idade, são ministradas mais uma vez a VOP e a DTP. Entre 6 e 10 anos, é hora de repetir a BCG. Entre 10 e 11 anos, é aplicada, contra difteria e tétano, a DT (dupla adulto), que deve ser repetida a cada dez anos. Em estados do Norte e Centro-Oeste onde a febre amarela é endêmica, as crianças tomam a primeira dose da vacina contra essa doença aos 9 meses e um reforço entre 10 e 11 anos

Defesa alternativa
Clínicas particulares oferecem outras opções, além das vacinas gratuitas do Ministério da SaúdeSUBSTITUTAS

“Existe uma probabilidade muito remota de a Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP) provocar paralisia infantil, por ser feita com o vírus vivo atenuado. Ela pode ser substituída pela Salk, que usa o vírus morto, cujo componente viral já é suficiente para sensibilizar o sistema imunológico”, diz o pediatra Paulo T. Maluf Jr., da USP. O Ministério da Saúde não descarta a possibilidade de isso ocorrer, mas afirma que, para a saúde pública, que requer vacinação em grande escala, a Salk não é tão eficiente. “Só foi possível erradicar a doença no Brasil porque a VOP é dada em gotas, facilitando o treinamento de pessoal. A Salk é injetável e tem que ser aplicada por um auxiliar de enfermagem, o que restringe sua utilização – além de ser mais cara”, diz o epidemiologista Jarbas Barbosa, do Ministério da Saúde. Por fim, há também a Tríplice Acelular, que substitui a Tríplice comum com menos efeitos colaterais.

COMPLEMENTARES

Não faltam vacinas contra outros agentes de contágio da meningite, contra a hepatite A e contra a varicela (mais conhecida como catapora). “Mas elas ou são muito caras ou foram desenvolvidas para problemas localizados nos Estados Unidos e na Inglaterra. Antes de incluir qualquer outra vacina no calendário oficial, temos de checar se há produção suficiente e se elas se adaptam às necessidades brasileiras. Além das que compõem nosso calendário, temos ainda cerca de 35 vacinas gratuitas para casos especiais”, diz Jarbas Barbosa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.