Quais as matérias-primas mais exóticas da camisinha?
As matérias-primas mais exóticas da camisinha
ilustra Tom Ventre
Já teve de tudo. A vulcanização, técnica que deixa a borracha flexível e proporcionou a industrialização dos preservativos, é uma tecnologia do século 19, e a camisinha é muito mais antiga que isso. Há milhares de anos o homem já embrulhava o pênis em qualquer coisa que impedisse a mistura de fluidos no sexo. Valia quase tudo. Chineses, por exemplo, usavam papel de seda besuntado com óleo. Japoneses davam seu jeito com um artefato de carapaça de tartaruga. Em 1564, um tratado médico apresentou a camisinha, oficialmente, aos europeus: era uma luva de linho com absinto e ervas. No século 17, havia também as fabricadas com tripa de carneiro. Mas isso era para o povão. Membros da corte francesa tinham à mão as de veludo ou de seda. Somente em 1870 surgiu o preservativo de borracha – grosso, áspero, caro e não descartável. No começo do século passado, ainda se usava camisinha de tecidos animais. A de látex, material usado hoje, chegou em 1930.
Sem limites
Temas e materiais mantêm a criativa história da camisinha
Malucas demais
Não há limites para fetiches e loucuras, e o mercado sabe disso. Tanto que há lojas especializadas em preservativos que são tudo, menos óbvios. Algumas customizam embalagens, enquanto outras são especializadas em formatos inusitados, como de caneca de chope, máscara de gás, dragões e animais!
Turma vegana
Em 2013, chegou ao mercado uma camisinha diferenciada, que se diz 100% livre de produtos animais e de testes em bichos. Além disso, ela garante que não tem trabalho escravo na fabricação. O produto é importado, mas pode ser encontrado em lojas especializadas. E, para quem é alérgico a látex, também não tem problema. Há produtos feitos sem látex natural
Caras e bocas
Celebridades de todo tipo vivem estampando embalagens. Os roqueiros do Kiss, mestres do marketing, estão na lista. Mas até famosos mais pudicos, membros da realeza, inspiraram camisinhas especiais. Em 2011, um kit em homenagem ao casamento de William e Kate foi lançado. Não é novidade para os ingleses, que em 1883 podiam ter preservativos com o rosto do primeiro-ministro William Gladstone e da rainha Vitória.
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Consultoria Livro La Petite Histoire du Préservatif, de Vincent Vidal; sites Willy Wardrobe, Jontex, Glyde e Prudence