Não dá para generalizar: na área médica, como em qualquer outra, há quem tenha garranchos e quem escreva bem. Ainda assim, há teorias sobre a origem do mito. Uma diz que, antigamente, quando não existiam laboratórios farmacêuticos, médicos faziam prescrições que só os boticários conseguiam decifrar. Assim, evitavam que o paciente se arriscasse fazendo o próprio remédio. Outra afirma que a pressa para anotar as aulas na faculdade causaria a letra ruim. Uma terceira é a de que, no passado, a maioria dos doutores eram homens – e eles normalmente teriam a letra pior do que a das mulheres. No Brasil, uma lei federal, uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Código de Ética Médica exigem que as receitas devem ser legíveis. Se você se sentir lesado, denuncie ao Conselho Regional de Medicina.
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CONSULTORIA José Fernando Vinagre, corregedor do Conselho Federal de Medicina, e Liane Pereira, grafóloga e perita grafotécnica pelo Conselho Nacional de Peritos Judiciais do Brasil FONTES Código de Ética Médica, Lei 5.991/73 e Portaria 344/98 da Anvisa IMAGEM Dr. Rogério Darwich