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Por que ficamos tontos quando rodamos?

Porque o nosso cérebro processa uma informação desatualizada.

Por Eduardo Coutelle
Atualizado em 22 fev 2024, 10h32 - Publicado em 1 dez 2015, 18h35
ouvido

pergunta da leitora Aline Comerio, Colatina, ES

ilustra Pri Wi

edição Felipe van Deursen

Porque o nosso cérebro processa uma informação desatualizada. Tudo acontece no ouvido. Uma das partes internas do órgão é responsável por nos fornecer o equilíbrio e a orientação espacial, ou seja, o lugar que ocupamos em um ambiente e as direções que tomamos ao nos mexermos. O ouvido é composto de três canais semicirculares interligados, cada um respondendo por uma dimensão, cima-baixo, esquerda-direita e frente-trás. Esses canais são cheios de um líquido chamado endolinfa. Quando a cabeça gira para um lado, o fluido acompanha o deslocamento e empurra estruturas específicas que têm micropelos, as células ciliadas. Essas células, então, enviam um impulso ao cérebro. Conforme a inclinação dos pelinhos, o cérebro identifica que há movimento.

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endolinfa

Queimando pneu

Ao girar em círculos, a inércia faz com que a endolinfa siga na contramão do movimento e arraste as células ciliadas,que ficam em uma estrutura chamada ampola. É a mesma reação da aceleração brusca de carro: você é jogado para trás quando ele vai para a frente

Ritmo cadenciado

Em instantes, o líquido passa a acompanhar a mesma velocidade do giro da cabeça e entra em sincronia. Isso faz com que os pelinhos retornem à posição original e o cérebro não receba mais informações do movimento – apenas a visão e os demais sentidos identificam que o corpo está girando

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Estrelinhas no céu

Ao parar bruscamente, o fluido continua seu movimento normal pelos canais até perder a força e parar. Durante esse tempo, as células voltam a enviar informações ao cérebro de que o corpo ainda está girando, apesar de estar parado. São esses dados conflitantes que provocam a tontura

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– Como funciona a pulseira do equilíbrio?

FONTES Review of Clinical and Functional Neuroscience, de Rand Swenson; sites highlightskids.com, science.howstuffworks.com, livescience.com, scienceabc.com, neurophys.wisc.edu

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