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O que era a Cidade Proibida na China?

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Por Roberto Navarro
18 abr 2011, 18h51 • Atualizado em 22 fev 2024, 11h08
  • Era um impressionante conjunto de pavilhões e palácios que foi o centro de poder do Império Chinês durante mais de meio milênio. Embora sua construção tenha começado no século 13, as características atuais do lugar só apareceram mais de 100 anos depois. “Na época, o imperador Yong Le transferiu a capital de Nanquim para Pequim. Ele decidiu remodelar o complexo com uma obra que durou de 1407 a 1420 e ocupou mais de 200 mil trabalhadores”, diz o jornalista brasileiro Jayme Martins, que viveu em Pequim por mais de 20 anos. Essa suntuosa cidade era considerada “proibida” porque o acesso era limitado a funcionários do governo e a integrantes da família imperial.

    No lugar, a arquitetura e a disposição de cada edifício obedecem a tradicionais princípios de numerologia, mitologia e de Feng Shui, a milenar arte chinesa de criar ambientes com harmonia. Para começar, o desenho do complexo representa um diagrama cósmico que simboliza o Universo: todos os prédios principais estão voltados para o sul, em honra ao Sol (como a China fica no hemisfério norte, o sul é onde predomina o Sol). Além disso, a distribuição do espaço representaria o mítico Palácio Celestial, uma construção de 10 mil cômodos onde viveriam os deuses.

    De acordo com a tradição, a Cidade Proibida teria um total de 9 999 cômodos e meio, pois a mitologia desaconselhava que os homens tentassem se equiparar à perfeição dos deuses. Apesar da importância da área, suas construções sofreram com a deterioração das estruturas e com incêndios acidentais ao longo dos séculos. Com a revolução que proclamou a república, em 1911, a Cidade Proibida deixou de ser a sede do governo da China, mas a família do último imperador, Aisin-Gioro Pu Yi, continuou vivendo até 1924 no local. Declarada Patrimônio Cultural da Humanidade em 1987, a área hoje abriga um concorrido museu que recebe até 50 mil visitantes por dia.

    Capital ancestral
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    Conjunto de palácios e pavilhões foi o centro do poder chinês por mais de 500 anos

    MAPA DA METRÓPOLE

    Localizada no coração de Pequim, a Cidade Proibida abrangia um conjunto de edifícios espalhados por uma área de 720 mil metros quadrados, protegida por uma muralha com mais de 10 metros de altura e um fosso cheio d’água, com 6 metros de profundidade. A entrada se dava por quatro portais, um em cada ponto cardeal. Confira no mapa abaixo e nos desenhos os edifícios mais importantes

    1. PORTAL MERIDIONAL

    Erguido em 1420, o acesso principal da Cidade Proibida tinha cinco arcos de passagem. A abertura do meio era exclusiva do imperador — as imperatrizes só podiam usá-la uma única vez, no dia do casamento. Dali, o imperador anunciava o novo calendário no início de cada ano, assistia ao desfile das tropas e julgava prisioneiros

    2. PAVILHÃO DA PRESERVAÇÃO DA HARMONIA

    Até o século 18, esse aposento era usado principalmente para os banquetes imperiais. Mas a partir de 1789 o salão tornou-se o local onde aconteciam os chamados “exames palacianos”, algo como um concurso público em que vários candidatos concorriam a altos cargos governamentais e administrativos do Império

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    3. PAVILHÃO DA PUREZA CELESTIAL

    Queimado em incêndios e restaurado três vezes desde a inauguração em 1420, esse edifício serviu até o século 17 como residência oficial do imperador, que lá cuidava dos assuntos de rotina do governo instalado em outro de seus tronos. Os terraços abrigavam esculturas de bronze de tartarugas, simbolizando longevidade, e uma concha para medir cereais, representando a justiça

    4. PAVILHÃO DA SUPREMA HARMONIA

    O maior e mais alto salão da Cidade Proibida foi finalizado em 1420 e restaurado várias vezes depois. Com cerca de 2 400 metros quadrados e 35 metros de altura, esse pavilhão era o centro da corte. Lá aconteciam as mais importantes cerimônias de Estado, como o aniversário e o casamento do imperador. O lugar também guardava o trono principal, de onde o imperador governava

    5. PAVILHÃo DA HARMONIA CENTRAL

    Era uma espécie de quarto do imperador, onde ele dormia e se vestia antes das cerimônias. Em outros cômodos, o governante recebia autoridades estrangeiras, examinava amostras de sementes para as plantações da nova safra e discursava aos seus filhos, nascidos de várias esposas oficiais e de concubinas

    6. PRAçA E PORTAL DA SUPREMA HARMONIA

    A maior praça do complexo era onde a nobreza jogava pólo a cavalo e a Guarda de Honra alinhava-se antes das cerimônias mais importantes. Cinco pontes de mármore cruzavam o riacho das Águas Douradas, conduzindo ao portal da Suprema Harmonia. Essa estrutura, por sua vez, levava ao salão da Suprema Harmonia por meio de três escadas — a central, como sempre, era só para o imperador

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