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Luis Garavito, o serial killer recordista de vítimas fatais

Não foi à toa que ele ganhou o apelido de "La Bestia". Muitos especialistas garantem que o colombiano é o serial killer com mais vítimas fatais na história

Por Lucas Massao
Atualizado em 22 fev 2024, 10h16 - Publicado em 3 fev 2017, 14h20
garavito
(Doug Firmino)

FICHA CRIMINAL
Nome
Luis Alfredo Garavito (1957-)
Local de atuação Colômbia
Mortes Mais de 300

1) Luis Garavito nasceu em Génova, no interior da Colômbia, em 25 de janeiro de 1957. Filho mais velho de uma família com sete irmãos, cresceu em um lar violento, sofria abusos verbais e físicos do pai e era alvo de bullying na escola. Além disso, foi vítima de abuso sexual cometido por dois vizinhos diversas vezes.

2) Ele saiu de casa aos 16 anos e foi para uma cidade vizinha. Não conseguia se manter em um emprego fixo, porque tinha ataques de raiva e partia para cima dos chefes. O seu trabalho mais estável foi como camelô, negociando estátuas religiosas e santinhos com orações.

3) Com dificuldades para manter um trabalho e a estabilidade emocional, Garavito tornou-se alcoólatra já aos 21 anos. Até tentou cometer suicídio! Buscou os serviços de assistência da Colômbia, mas a ajuda psicológica que recebia focava só na depressão. E ele lidava com problemas muito piores…

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4) Ele tinha desejo de matar. Em 1992, aos 45 anos, finalmente cedeu. Seu alvo favorito eram crianças entre 8 e 16 anos. Aproximava-se oferecendo presentes ou um pouco de dinheiro, ou pedindo ajuda para carregar alguma coisa. Então, levava a vítima para uma área afastada ou até que ela ficasse cansada.

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5) Então, amarrava a criança com uma corda ou fita adesiva e cometia abusos sexuais. Depois, a agredia com chutes e socos, e, com a ajuda de uma faca ou uma chave de fenda, cortava dedos, mão, orelha e olhos. O golpe fatal era o degolamento, mas, em algumas ocasiões, ainda arrancava a cabeça ou os membros do cadáver.

6) Para fugir da polícia, vivia em constante movimento: ao longo de sete anos, passou por 54 cidades da Colômbia e algumas do Equador (que pede a sua extradição até hoje). Também mudava a aparência e o método de abordagem. Chegou a se vestir de médico, monge, funcionário de entidades beneficentes e mendigo.

7) Tentando solucionar a onda de sumiços, a polícia cogitou até a existência de um culto satânico. O auge da caçada foi a descoberta de uma vala com 36 ossadas na cidade de Pereira, em novembro de 1997. Garavito entrou na lista de suspeitos, montada a partir de depoimentos de testemunhas e registros em hotéis locais.

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8) Ele foi preso em 22 de abril de 1999, em Villavivencio, enquanto tentava estuprar um jovem de 12 anos. As autoridades achavam que era um caso isolado, mas ele admitiu o assassinato de 140 crianças e entregou um caderno com o local e o nome de cada vítima. Estimativas da Justiça apontam que o total real pode chegar a 300.

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9) O serial killer foi condenado em 138 das 172 acusações que recebeu, com pena final de 1853 anos e nove dias de prisão. Mas, pelas leis da época, só poderia passar 30 anos detido. Sua colaboração com a polícia reduziu o total para 22. Na prisão, vive isolado dos outros detentos e só aceita água ou comida entregues por pessoas de confiança.

QUE FIM LEVOU?

Está na cadeia de Villavivencio. A opinião pública tem pressionado para que a pena seja ampliada, mas, se nada mudar, ele sairá livre em 2021

FONTES Sites Murderpedia, Semana, Época, Folha de S.Paulo, BBC, Asesinos en Serie e El País; livros El Gran Fracaso de la Fiscalia: 192 Ninos Asesinados, de Mauricio Aranguren Molina, e En los Laberintos Mentales de Garavito, de Juan José Cañas e Ángela Tapias

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