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Harry Potter: As Relíquias da Morte – Parte 2

Nunca fui um grande fã da saga Harry Potter. Até consigo reconhecer, com certa facilidade, as inúmeras qualidades de todos os filmes – a escolha de elenco, a fotografia e a direção de arte sempre me pareceram nada menos do que impecáveis, por exemplo. Mas, individualmente, nenhum dos episódios, com exceção de O Prisioneiro de […]

Por Marcel Nadale
Atualizado em 22 fev 2024, 10h49 - Publicado em 8 jul 2011, 16h10
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    Nunca fui um grande fã da saga Harry Potter. Até consigo reconhecer, com certa facilidade, as inúmeras qualidades de todos os filmes – a escolha de elenco, a fotografia e a direção de arte sempre me pareceram nada menos do que impecáveis, por exemplo. Mas, individualmente, nenhum dos episódios, com exceção de O Prisioneiro de Azkaban, me satisfez. Sabe quando você sai de um belo almoço de domingo com a sua família, precisando abrir o botão da calça e “jiboiar” na cama mais próxima? Pois é. Quando se trata de blockbusters, gosto de sair do cinema exatamente desse jeito. E nunca foi o caso com os filmes do HP.

    Sempre achei que a razão para essa frustração era o peso monstruoso que os livros exerciam sobre os filmes. Se, por um minuto, você tirasse os olhos da feitiçaria explodindo na tela, quase dava para ouvir os projetores nas cabines rangindo, se contorcendo, tentando digerir as trocentas páginas escritas por JK Rowling e devolvê-las à luz em pouco mais de duas horas. Difícil imaginar um lado negativo para a vasta e maravilhosa criatividade da autora britânica, mas taí. Havia tanta coisa a explicar que a maioria dos longas tinha um sério problema de ritmo. Alguns trechos – especialmente nos últimos filmes – beiravam uma apresentação de Power Point. E o pior: quanto mais nos aproximávamos do capítulo final, menos havia, de fato, um “final”. Havia muito “meio”, pouco “desfecho”. Minha refeição sempre acabava sem sobremesa.

    Se os fanáticos por Harry Potter já não me odiarem até aqui, vou dar um motivo extra: o fim irreversível da história, com As Relíquias da Morte Parte 2, pode ser um martírio para vocês. Mas acaba sendo uma alegria imensa para os espectadores casuais como eu. Porque é esse fim que, finalmente, dá dimensão e genuíno valor ao filme. Em cena, cada morte é doída. Cada despedida é pesada. Cada resolução é edificante. É esse tal temido “fim” que me convence de que As Relíquias da Morte Parte 2 é, provavelmente, o melhor capítulo de todos. (Isso, isso… vocês leram certos… podem guardar meu bonequinho de vudu)

    Em uma palavra, As Relíquias da Morte Parte 2 é… recompensador. Toda a frustração que senti com os outros filmes foram mais do que retratadas. Todo o investimento que fiz(emos) no Banco Gringotes, muitos e muitos filmes atrás, renderam mais do que se poderia imaginar. É maravilhoso ver cada pecinha do quebra-cabeça finalmente se encaixando para garantir que Potter, de uma vez por todas, despache Voldemort desta para melhor. Mais do que isso, é quase como reencontrar parentes de quem você nem sabia que sentia saudades… (Ei, olha o Chapéu Seletor ali! Puxa, a Câmara Secreta! Olha, os Dementadores!)

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    E, se para um trouxa como eu, a sensação já é maravilhosa, só consigo imaginar como deve ser para os verdadeiramente apaixonados pela saga (aliás, nem preciso imaginar tanto assim – na sessão a que assisti, houve dezenas de potterófilos que desabaram em choro em vários momentos). Ainda levo a vantagem de, por ser vítima da minha ignorância, não me irritar com detalhezinhos em que o filme diverge do livro (especialmente em duas mortes dramáticas, pelo que me contaram).

    Sim, o filme ainda tem problemas de ritmo. Especialmente uma “cena branca” (não entro em detalhes para evitar spoiler) na qual achei que Harry ia encontrar o infame Arquiteto, de Matrix Reloaded. Ela só parece estar ali para consolar os fãs, com duas boas falas que são verdadeiros recados indiretos de JK para seus súditos: “As palavras são a mais poderosa forma de magia” e “Só porque algo aconteceu na sua cabeça, não significa que não é real”. Se isso não for o suficiente para confortá-lo (ou, pior, o fizer chorar ainda mais!), tento eu, aqui, oferecer um pouquinho de sabedoria: não lamente o fim. Ele torna cada sentimento mais real – como se retirasse a Capa de Invisibilidade de cima de tudo. O Garoto-que-Sobreviveu só é mágico porque não pode sobreviver eternamente.

    Acompanhem também as surpresas do Facebook na fanpage UltimatePotter e no Twitter @ultimatepotter, com a hashtag #ultimatepotter 😉

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