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Existe no Brasil uma polícia como a SWAT?

Por aqui, não existe uma força especial unificada como nos Estados Unidos, mas diversos grupos são treinados para atuar em situações arriscadas. A maioria se concentra no Rio de Janeiro e em São Paulo, estados que possuem polícias mais bem aparelhadas e altos índices de criminalidade, o que aumenta a necessidade desse tipo de batalhão. […]

Por Shirley Paradizo
Atualizado em 22 fev 2024, 11h07 - Publicado em 18 abr 2011, 18h51

Por aqui, não existe uma força especial unificada como nos Estados Unidos, mas diversos grupos são treinados para atuar em situações arriscadas. A maioria se concentra no Rio de Janeiro e em São Paulo, estados que possuem polícias mais bem aparelhadas e altos índices de criminalidade, o que aumenta a necessidade desse tipo de batalhão. “Equipes especiais, que podem ser subordinadas tanto à Polícia Militar quanto à Civil de cada estado, começaram a surgir na década de 80 com o crescimento da violência urbana”, diz o jornalista e escritor Percival de Souza, especialista em criminologia. Já a SWAT – um departamento da polícia americana cuja sigla significa Special Weapons and Tactics, ou “Armas e Táticas Especiais” – nasceu na década de 60 por causa do aumento de mortes em roubos com reféns, seqüestros e ações terroristas.

“Os americanos perceberam que várias baixas seriam evitadas se os policiais tivessem treinamento para esse tipo de situação”, afirma o instrutor de arte marcial Marcos do Val, do Centro Avançado em Técnicas (CATI), grupo brasileiro que já treinou membros da SWAT. No começo, essa famosa polícia americana, que agora faz sucesso até no cinema, era composta por pequenos times de ex-militares, chamados apenas em emergências. A partir de 1971, o grupo ganhou uma base fixa em Los Angeles, na Califórnia, e passou a ser considerado uma força federal com poder para agir em todo o país. Na mesma década, várias unidades começaram a se formar em outros estados, reunindo equipes de cerca de 60 integrantes. No Brasil, as polícias especializadas contam com 15 a 20 policiais por grupo, mas são respeitadas até no exterior – algumas chegam a treinar membros da SWAT.

Mergulhe nessa

Na internet:

https://www.cati.com.br

https://www.policia-civ.sp.gov.br/garra/inicio.htm

https://www.policiamilitar.rj.gov.br/bope

Os cinco braços da lei

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No país, cada um dos três níveis de governo comanda pelo menos uma corporação policial

PRESIDENTE

POLÍCIA FEDERAL

A facção que responde ao Ministério da Justiça é a única que atua no Brasil inteiro, ajudando as polícias civis e militares de cada estado em casos de tráfico de drogas e contrabando. A Polícia Federal também investiga crimes contra a União, como lavagem de dinheiro e fraudes contra o governo, e inspeciona cargas nas alfândegas.

POLíCIA RODOVIÁRIA

Dois tipos de polícia atuam na fiscalização do trânsito nas rodovias e ferrovias do país: a Estadual, vinculada à Polícia Militar, e a Federal, subordinada ao Ministério da Justiça. Para ambas, os principais deveres são socorrer acidentes, punir motoristas infratores e apreender cargas ilícitas, como contrabando e drogas.

GOVERNADOR

POLÍCIA CIVIL

Subordinada ao governador de cada estado, é a divisão que cuida das delegacias, investiga a autoria de crimes e recolhe provas para prender ou inocentar pessoas. Também são os policiais civis que, de fato, realizam as prisões, preparando a documentação e os requisitos jurídicos para encarcerar ou libertar alguém.

POLÍCIA MILITAR

É a linha de frente no combate ao crime: suas missões são fazer rondas e atender às chamadas de assaltos e roubos. Os militares podem capturar bandidos, mas não podem executar a ordem de prisão. Eles levam o suspeito à delegacia, onde um policial civil examina cada caso. Em estados como São Paulo, os PMs também podem aplicar multas, função que até o início do ano era exclusiva dos fiscais de trânsito.

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PREFEITO

GUARDA METROPOLITANA

Em geral, as forças municipais de segurança não usam armas de fogo para fazer o policiamento comunitário, impedindo pichações, depredações e invasões de áreas públicas. As tarefas mais comuns são rondas em escolas e parques para prevenir crimes e, se necessário, efetuar prisões.

Força máxima contra o crime
Grupamentos especiais concentram-se no Rio e em São Paulo

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COT (Federal) – COMANDO DE OPERAÇÕES TÁTICAS

Subordinado à Polícia Federal e com sede em Brasília, esse grupo age em todo o país investigando seqüestros de aviões, atentados a bomba e suspeitas de terrorismo. É uma das tropas mais requisitadas no combate ao tráfico e no contrabando, além de serem profissionais em escoltas e remoções de alto risco.

GARRA (SP) – GRUPO ARMADO DE REPRESSÃO A ROUBOS E ASSALTOS

Este batalhão da Polícia Militar paulista é especializado em crimes que podem se transformar em tragédias, como assaltos com bombas ou roubos de explosivos. O Garra possui ainda uma subdivisão, o Grupo Especial de Resgate (GER), que costuma entrar em ação nos casos de roubos ou seqüestros com reféns.

COE (SP) – COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS

A especialidade dessa outra tropa de elite ligada à PM paulista é agir dentro da mata, em operações que envolvam resgate de pessoas perdidas ou perseguição de bandidos. Experts em camuflagem e sobrevivência na selva, os integrantes do COE ministram cursos sobre sua atuação tanto para policiais quanto para civis.

GAT (SP) – GRUPO DE AÇÃO TÁTICA

Outra força da Polícia Militar de São Paulo especializada em ocorrências que envolvam reféns ou invasões de locais dominados por bandidos, como roubos a banco. Para enfrentar essas situações, os policiais recebem treinamento especial para negociar com os criminosos, além de contarem com peritos em seqüestros-relâmpago.

BOPE (RJ) – BATALHÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS

Para combater o crime organizado, ocupar favelas e enfrentar traficantes, os integrantes desse grupo militar sobem os morros do Rio fortemente armados, abrindo caminho para a Polícia Militar comum. Em junho de 2000, o Bope ficou marcado pelo trágico desfecho do seqüestro do ônibus 174, quando um policial errou um tiro à queima-roupa num bandido, que acabou matando a refém Geísa Firmo.

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