A princípio, não. Aliás, 100 mililitros de um bom café expresso podem conter 13 vezes mais cafeína que a mesma quantidade de chá-mate. Mas a coisa é um pouco relativa. “O teor de cafeína, tanto no café como no mate, varia em função de vários fatores: a região do plantio, como o produto é processado na indústria, a quantidade de água usada no preparo”, diz a nutricionista Deborah Markowicz, da USP. Assim, 100 mililitros de chá-mate industrializado podem ter até 25 miligramas de cafeína, em vez do valor médio de 7 miligramas que aparece na tabela. Outro exemplo: o mate usado no chimarrão pode ser ainda mais forte. “Quando a erva é torrada, na indústria, ela perde cafeína”, afirma o biólogo Marlus Kormann, que trabalha para uma empresa fabricante de chá-mate.
Para você ter uma idéia: 100 mililitros de chimarrão podem ter entre 29 e 89 miligramas da substância. A mesma quantidade de um café coado bem fraquinho, do jeito que os americanos gostam, tem 25 miligramas de cafeína. Já um coado bem forte, no estilo brasileiro, chega a 100 miligramas. Além do café e da erva-mate, a cafeína também é encontrada no chá comum (feito com a planta Camellia sinensis), no chocolate e em refrigerantes como o guaraná e os do tipo cola.
Café expresso – 95 mg
Chá comum* – 23 mg
Coca-Cola – 9 mg
Chá-mate* – 7 mg
Achocolatados – 2 mg
Guaraná** – 0,9 mg
Obs.: quantidade média de cafeína em cada 100 mililitros da bebida. Fontes: International Food Council Foundation (EUA), National Soft Drink Association (EUA), Ambev. *comercializado em saquinho ** marca Antártica