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Diogo Alves, o maior serial killer de Lisboa

Famoso por roubar pessoas e atirá-las de uma grande altura, ele teve sua cabeça preservada para a posteridade

Por Diego Bargas
Atualizado em 22 fev 2024, 10h07 - Publicado em 29 jan 2018, 17h59
(Kiko Mauriz/Mundo Estranho)

 

FICHA CRIMINAL
Nome – Diogo Alves (1810-1841)
Local de atuação – Lisboa, Portugal
Mortes – 3 confirmadas, mais de 70 especuladas

1. Diogo Alves nasceu na Galícia, na Espanha, em 1810. Algum tempo depois, foi tentar a vida em Lisboa, onde passou a cometer crimes, ninguém sabe por qual motivo. Historiadores dizem que ele era analfabeto e rude e que tinha uma namorada, Gertrudes Maria, que o incentivava a cometer os delitos

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2. Em 1836, Diogo começou a matar. Seu lugar de ação era o Aqueduto das Águas Livres, um sistema de captação e transporte de água construído no século 18 e que tem 58 km de extensão – seu ponto mais alto tem 65 m de altura. As vítimas eram viajantes, comerciantes e estudantes que usavam um caminho estreito no alto do aqueduto como atalho para o centro de Lisboa

3. Diogo surpreendia as vítimas, roubava seus pertences e as matava, atirando-as do alto do aqueduto. Como eram pessoas pobres, a polícia não se esforçava para investigar, e as mortes geralmente eram tratadas como suicídios. Com o tempo, porém, os assassinatos de Diogo ficaram tão frequentes que o caminho foi fechado devido à “onda de suicídios”

4. Alguns relatos dizem que, antes mesmo de o aqueduto ser fechado, o serial killer já atacava residências, liderando uma gangue. Além de roubarem, eles matavam os moradores. Diferentemente dos crimes do aqueduto, essas invasões domiciliares eram noticiadas nos jornais e chamavam a atenção da polícia

5. O que colocou Diogo definitivamente no radar das autoridades foi o assassinato da esposa e dos dois filhos de um médico. As vítimas foram amarradas, torturadas e depois sufocadas. “Roubo acompanhado de horroroso assassinato” e “cruéis assassinatos de toda a família” foram estampados nas páginas dos jornais

6. Diogo acabou reconhecido por testemunhas, preso e condenado pela morte das três vítimas. Foi enforcado em fevereiro de 1841 no que seria a última execução de uma pena de morte em Portugal. Os crimes do aqueduto acabaram sendo atribuídos a ele, mas nunca foram devidamente investigados. Especula-se que ele possa ter matado mais de 70 pessoas

7. A morte não foi o final da história de Diogo. Na época, estava em alta a frenologia, método que busca a determinação de características da personalidade de uma pessoa por meio do estudo da anatomia de seu crânio. Por isso, o médico José Lourenço da Luz Gomes pediu às autoridades para ficar com a cabeça de Diogo para estudá-la. E conseguiu. A cabeça de Diogo foi colocada no formol e permanece conservada até hoje. Ela está na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

(Kiko Mauriz/Mundo Estranho)

SUGESTÃO DO LEITOR Vladimir Kowalsky, Belém, PA
CONSULTORIA Anabela Natário, historiadora / FONTES Sites História de Portugal, Buzztimes, EPAL – Grupo Águas de Portugal; livro O Assassino do Aqueduto, de Anabela Natário

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