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Debate: O controle antidoping deve acabar?

Casos recentes envolvendo atletas como o ciclista Lance Armstrong e a tenista Maria Sharapova têm feito muita gente se questionar se o doping deveria ser legalizado

Por Julia Moioli
29 jul 2016, 16h02 • Atualizado em 22 fev 2024, 10h23
  • doping

    Casos recentes envolvendo grandes atletas, como o ciclista Lance Armstrong, a tenista Maria Sharapova e o lutador de MMA Anderson Silva têm feito muita gente se questionar se é possível vencer sem doping ou se ele deveria ser legalizado. De que lado você está?

    SIM

    – “O esporte seria mais seguro, porque seria possível aconselhar os atletas sobre o que e como usar”, diz Ellis Cashmore, da Universidade de Staffordshire (Reino Unido). Acabaria a hipocrisia que proíbe doping, mas autoriza patrocínio de álcool e tabaco e esportes que afetam a saúde, como o boxe.

    – A prática sempre existiu e hoje se usam outras técnicas artificiais para melhorar o desempenho, como o hipnotismo. Em pesquisa da Agência Mundial Antidoping (Wada), mais tarde autocensurada, 45% dos atletas dos Jogos Pan-Árabes de 2011 responderam em anonimato que se doparam um ano antes.

    – Odoping não garante vitória. É um extra ao treinamento moderno, como são as empresas de equipamentos, os centros de saúde, os psicólogos e os fisiologistas. Na competição, outras variantes contam, como calma, autoconfiança e motivação. Com tantos atletas que já se dopam, a liberação seria bem-vinda até para tornar tudo mais justo.

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    – O fim do controle antidoping melhoraria o rendimento dos esportistas, amenizaria dores e diminuiria o tempo de recuperação entre treinos e provas. Com isso, os atletas se desenvolveriam mais e, com acesso igual às substâncias, poderiam competir realmente de igual para igual.

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    doping2

    NÃO

    – Qualquer remédio tem efeitos colaterais, mas o risco não se justifica nesse caso, com pessoas saudáveis. “Se o doping fosse permitido, haveria mais casos como o de Andreas Münzer, fisiculturista que abusou de anabolizantes, ganhou medalhas e morreu aos 32 anos”, diz Mauricio Yonamine, toxicólogo da USP.

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    – O Barão de Coubertin, pai dos jogos olímpicos da era moderna, já dizia que o importante é competir. Além das vitórias, o esporte também envolve esforço, disciplina e respeito pelo adversário. O doping é uma ajuda artificial e não é considerado justo, inclusive por fãs, que talvez perdessem o interesse pelo esporte.

    – A legalização daria vantagem aos que se dopassem melhor. Então a competição seria entre laboratórios farmacêuticos e não mais entre os atletas nas arenas esportivas. A proibição do uso de remédios para melhorar a performance garante chances iguais a todos os atletas.

    – O doping dá uma vantagem injusta e pode provocar doenças. Há suspeitas de que as substâncias ilícitas já tenham até causado a morte de esportistas. As disputas deixariam de se basear na habilidade e na resistência naturais, dando lugar ao estímulo químico.

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    FONTESDoping: Argumentos em Discussão, de Otávio Tavares, US Anti-Doping Agency e Wada

    CONSULTORIA Ellis Cashmore, sociólogo do esporte da Universidade de Staffordshire (Reino Unido), e Mauricio Yonamine, toxicólogo da USP

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