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Como os cientistas definem a aparência de um dinossauro?

Há cinco fatores envolvidos, e o primeiro deles é o estudo dos fósseis.

Por Julia Trevisan
25 fev 2016, 12h33 • Atualizado em 22 fev 2024, 10h28
  • Há cinco fatores envolvidos na definição de aparência de um dinossauro. Primeiro, os estudos dos fósseis. Observa-se a forma e o tamanho dos ossos e como eles se conectam, além das marcas deixadas pelos músculos que estariam associados a eles.

    Segundo, a comparação com outras espécies que tenham ossos semelhantes. O paleontólogo junta esse quebra-cabeça usando, muitas vezes, partes “pré-montadas” de animais potencialmente semelhantes, a fim de preencher as lacunas.

    Terceiro, os estudos de reconstituição de outros tecidos, como a tomografia, que permite reconstituir o cérebro dos bichos e compará-lo ao de animais atuais.

    Siga

    Quarto, quando se encontra um fóssil muito bem preservado, chamado “fóssil perfeito”, é possível determinar detalhes. Um exemplo: ao usar técnicas de microscopia em penas de fósseis chineses, cientistas viram onde os melanossomos (estruturas celulares responsáveis pela pigmentação) se acumulavam. Assim, descobriram padrões nas penas, como listras e cores diferentes.

    Por fim, ainda há muita especulação. O bom e velho “chute”.

    Fábrica de monstros

    Como a ciência determina as principais características dos dinos

    cicatrizes nos ossos

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    Formato

    Por meio de observação de cicatrizes nos ossos, dá para saber como os músculos e a pele se acomodavam no corpo. Estudos anatômicos comparativos também ajudam o paleontólogo a entender os movimentos que o animal fazia

    camuflagem

    Cor

    Compara-se com padrões de animais atuais. Se o esqueleto (especialmente os dentes) mostra que ele era um predador bípede e veloz e os fósseis de plantas relacionadas indicam que o bicho vivia em ambiente aberto, provavelmente ele tinha uma cor que o ajudava a se camuflar, como acontece hoje com os leões na savana

    fosséis de plantas

    Ambiente

    Fósseis de plantas ajudam a mostrar como era o ambiente. Análise de microfósseis (fósseis que não podem ser estudados a olho nu, como pólens, sementes, conchas de invertebrados e escamas isoladas) também dá informações importantes

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    Dimensões

    O tamanho dos ossos é crucial. Quando se tem trilhas de pegadas, é possível definir o espaço entre uma perna e outra, medir a altura delas e calcular a velocidade do dinossauro.

    cérebro

    Cérebro

    Estudos de tomografia de crânios bem preservados permitiram reconstituir o tamanho e o formato dos cérebros. Graças a isso, sabemos que os cérebros dos dinos eram mais parecidos com os das aves do que com os dos répteis. Logo, o comportamento deles também era mais semelhante ao das aves

    olhos

    Olhos

    Baseia-se nos padrões de cor de olhos de animais atuais. Na natureza, não há muita variedade. A maioria é castanho, verde e azul, pois são os tons que funcionam melhor

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    Postura

    Além das trilhas de pegadas, o arranjo dos ossos dá a dica. Se a bacia for robusta e os membros anteriores pequenos, então ele era bípede. Se os membros anteriores e os posteriores forem robustos, é mais provável que fosse quadrúpede

    pele

    Pele

    Os pequenos são cada vez mais representados com penas, pela semelhança com as aves. Já os maiores não têm a necessidade de ter proteção contra perda de calor (quanto maior o animal, mais lenta é a perda de calor). Então eles provavelmente eram pelados, como os elefantes

    -Na época do primeiro Jurassic Park (1993), não se falava nisso. Mas hoje é consenso que o velociraptor era um dinossauro emplumado (na imagem acima, vemos um Velociraptor mongoliensis)

    O Carnotaurus vivia na atual América do Sul no final do período Cretáceo. Com 9 m de comprimento, ele tinha chifres característicos

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    LEIA TAMBÉM:

    – Os dinossauros tinham sangue quente?

    – Que tipos de dinossauros habitaram a Terra?

    – Como era a vida de um dinossauro?

    – Quais foram os maiores dinossauros encontrados no Brasil?

    CONSULTORIA Bruno Vila Nova, pós-doutorando do Laboratório de Paleontologia de Ribeirão Preto da USP, Cesar Leandro Schultz, professor de Geociências da UFRGS, e Reinaldo J. Bertini, professor do Núcleo de Evolução e Paleobiologia de Vertebrados do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp-Rio Claro. FONTE Site Smithsonian National Museum of Natural History

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