Como não ser barrado em outro país?
O que fazer e não fazer para evitar que suas férias acabem no aeroporto
A principal dica é mostrar claramente o seu objetivo no país em que você está entrando. E, claro, apresentar provas: ter bilhete aéreo com data para voltar, um comprovante de um lugar para ficar, ter um roteiro de viagem etc. Mas, mesmo tendo provas de que você não deseja se instalar ilegalmente em terras gringas, a decisão de barrar ou não um turista depende da boa vontade do funcionário da imigração – mesmo em países que exigem visto antecipado, como os Estados Unidos. E não tem apelação, nem no seu país de origem. Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, “os Estados são soberanos para estabelecer políticas de admissão de estrangeiros em seu território”. Somente neste ano, mais de 2 200 brasileiros foram barrados e mandados de volta depois de tentar entrar em países da União Européia. Cerca de um terço dos casos aconteceu na Espanha, o que gerou polêmica e certo mal-estar entre os governos brasileiro e espanhol. Mas, apesar do destaque que esse assunto tem tido na imprensa nas últimas semanas, o número de entradas negadas é pequeno. “Estou há 20 anos no ramo e vejo acontecer muito pouco”, explica Tereza Fulfaro, diretora da CI, operadora de turismo com foco em programas de intercâmbio e cursos no exterior.
Tenha em mãos um passaporte com no mínimo mais seis meses de validade e viaje com uma passagem de volta com data marcada. Nos países do chamado Tratado de Schengen (que inclui mais de 20 países europeus), o prazo máximo de permanência sem visto é de 90 dias. Fora isso, só mesmo com visto tirado antecipadamente, antes de viajar
DINHEIRO NA MÃO
Leve dinheiro suficiente para se manter durante o período da estadia. No caso da Espanha, por exemplo, isso equivale a 60 euros por dia e mínimo de 540 euros por pessoa. Mas você não precisa necessariamente ter a grana toda em cash: cartões de crédito e extratos bancários servem de comprovação
TENHO UM TETO
Leve comprovante da reserva do hotel ou albergue onde vai ficar ou, se for o caso, carta-convite da pessoa que o hospedará. Alguns países, contudo, são mais rigorosos com isso: a Espanha, por exemplo, exige que a carta seja registrada na polícia de lá e a Rússia exige carta-convite mesmo para quem não conhece ninguém no país
ROTEIRO FECHADO
Mesmo que não saiba exatamente o que vai fazer durante a viagem, nunca diga isso a um funcionário de imigração estrangeiro. Crie um roteiro e, caso perguntado, explique-o com o máximo de detalhes – cidades que visitará, datas, o que pretende fazer em cada lugar, onde se hospedará. Depois de passar pela imigração, você não precisa segui-lo
CASOS ESPECIAIS
Antes de viajar, informe-se sobre exigências específicas no consulado de cada país. Além das recomendações gerais, alguns países pedem documentos extras: Austrália e Nova Zelândia, por exemplo, exigem vacina de febre amarela para conceder alguns tipos de visto e os EUA têm uma lei que proíbe a entrada de portadores de HIV
BAGAGEM SUSPEITA
Sua bagagem tem que ser condizente com o motivo da viagem. Ou seja, se você declara que vai passar uma semana, não convém chegar ao aeroporto com várias malas, com roupas suficientes para passar um ano. Ou, se você diz que vai passar férias, não pega nada bem chegar com roupas típicas de trabalho (terno e gravata, por exemplo)
INTÉRPRETE, PLEASE
Alguns funcionários de imigração podem agir de forma mais dura, até como uma forma de pegar em contradição alguém que tenha intenção de imigrar ilegalmente. Não se intimide caso não esteja entendendo direito o que está sendo dito. Peça um intérprete, pois será melhor do que responder os questionamentos de forma incorreta
FIQUE SEGURO
Faça um seguro de saúde. Para alguns países, como Alemanha e França, ele é obrigatório. Mas, mesmo se for opcional no país que for visitar,é recomendável fazê-lo, pois ter de pagar um tratamento médico num país estrangeiro pode levá-lo à falência. Alguns cartões de crédito internacionais oferecem seguros para viagens. Confira antes de embarcar
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