Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Avril Lavigne morreu e foi substituída?

Surgida num blog brasileiro em 2011, e teoria foi recentemente revivida e ganhou fama mundial. Seriam a skatista tomboy e a diva pop pessoas diferentes?

Por Saulo Sobanski e Onã Tolentino
Atualizado em 14 fev 2020, 17h36 - Publicado em 8 jun 2017, 15h55

A canadense Avril Lavigne explodiu internacionalmente aos 17 anos, quando seu primeiro álbum, Let Go, vendeu 20 milhões de cópias. Avril se tornou a mais jovem cantora solo a alcançar o topo das paradas no Reino Unido. Atualmente, com cinco álbuns de estúdio lançados, ela também é atriz, dona de uma grife de roupas e garota-propaganda de três perfumes.

Mas, segundo um blog brasileiro de 2011, a pressão da fama teria afetado a garota, que entrou em depressão. Em setembro de 2003, ao voltar para casa para desabafar com seus pais, Avril não encontrou ninguém – e, por isso decidiu tirar a própria vida. Então, o empresário que a havia descoberto, L.A. Reid, bolou um plano para não perder sua “galinha dos ovos de ouro”.

Ainda segundo a teoria da conspiração, Reid teria contratado uma sósia para substituir a cantora, sem que os fãs percebessem. A escolhida havia sido Melissa Vandella, que já prestava outro serviço a Avril: originalmente, ela era usada para despistar fãs nas ruas. A partir de então, ela foi supostamente repaginada em uma nova versão da popstar roqueira.

Evidência #1 – Aparência

Avril Lavigne
(Reprodução/Divulgação)

Fãs apontam diferenças físicas entre a Avril “antiga” e a “atual”, como o novo formato do nariz (comentado pela mídia em 2006) e o sumiço de certas marcas de nascença. A altura de 1,58 m, registrada em 2002 na internet, virou 1,55 m. E até a voz teria mudado, de mezzo para soprano – e a “nova” Avril supostamente não conseguiria alcançar as mesmas notas que a original.

Evidência #2 – Álbuns

avril under my skin
(Divulgação/Reprodução)

O segundo álbum da cantora, Under My Skin, que seria o primeiro da sósia, tem uma temática muito mais obscura do que o primeiro. As canções da nova Avril expressam solidão e desespero, algo interpretado pelos fãs como tristeza por ter abandonado sua vida antiga. Poderia ser uma forma de expressão ou um pedido de ajuda da nova Avril.

Continua após a publicidade

Na capa e no encarte, Avril aparece sozinha, com um semblante de tristeza, em fotos escuras, com muito preto e vermelho – uma referência a luto e sangue. É um estranho contraste com as fotos do primeiro álbum, em que está alegre, com a banda, em fotos de cores vibrantes.

Evidência #3 – Canções

Algumas músicas do segundo álbum narrariam o suposto dia da morte da Avril real, que teria se suicidado enforcando-se em sua casa, sozinha. A letra de “Nobody’s Home” diz “ninguém está em casa, é lá que ela se deita quebrada por dentro”, enquanto a de “My Happy Ending” diz “não me deixe esperando numa cidade tão morta, pendurada tão alto numa corda tão frágil.”

Ainda segundo a teoria, o clipe da música “Nobody’s Home” também confirmaria o rumor. Uma das personagens vividas por Avril está de preto (um sinal de luto) e outra está perdida e longe da família, assim como a cantora estaria se sentindo na vida real. O código “A+D”, que surge rapidamente na tela, significaria “Avril + Dead” (“Avril + Morta”)

Avril Lavigne morreu e foi substituída?
(Wendell Araújo/Mundo Estranho)
Continua após a publicidade

Evidência #4 – Mudança de estilo

avril hello kitty
(Reprodução/Divulgação)

Sua personalidade também parece outra. Em 2002, a cantora havia dito à MTV da Austrália que não seria uma das “garotas do pop que se apresentam com dançarinas e playback”. Mas, desde então, abandonou o estilo skatista, tingiu o cabelo de loiro, começou a usar roupas mais femininas e gravou clipes com dançarinas – atitudes contrárias ao que pregava anteriormente.

Avril Lavigne morreu e foi substituída?

EXPLICANDO A VERDADE

A teoria é fundamentada em especulações facilmente derrubáveis

– Melissa Vandella, a suposta sósia, na verdade é criadora do maior site de fã dedicado à cantora. Fisicamente, ela não se parece em nada com Avril.

Continua após a publicidade

– As mudanças físicas apontadas são baseadas em ensaios fotográficos repletos de edição de imagem e iluminação artificial. Sobre o nariz diferente, o cirurgião plástico Danilo Pinheiro tem uma sugestão simples: “Pode ser uma correção rotineira feita em rinoplastias estéticas”.

– A diferença na altura pode ser só um erro. Afinal, informações equivocadas ou falsas são comuns na internet, não?

– “Diferentemente do que diz a teoria, a voz muda constantemente. Uma adolescente [como Avril no início da carreira] e uma mulher adulta [como a Avril atual] têm vozes diferentes”, afirma o regente da Sinfonnieta Paulista, Nicholas Carrer Guerrero.

– A afirmação de que “a antiga era mezzo e a nova é soprano” foi feita sem base suficiente, só com vídeos e áudios. “Essas classificações vocais existem, mas delimitam a voz de maneira incorreta”, explica Guerrero. Exercícios vocais, o metabolismo diário da pessoa e até os microfones usados podem ter influência.

– A simbologia em Under My Skin e “Nobody’s Home” está aberta a interpretações. As imagens do álbum podem remeter a vulnerabilidade e autodescoberta. A história do clipe pode evidenciar a solidão e os medos que a cantora sentia.

Continua após a publicidade

– Mudanças de opinião ou atitude fazem parte do processo de amadurecimento. Além disso, pressões da indústria fonográfica também podem ter influenciado o novo rumo artístico que sua carreira tomou.

FONTES Sites Avril Lavigne, MTV Australia, Avril Está Morta, Music World 200 e Acid Black Nerd
CONSULTORIA Fernando Caffarello, psicólogo comportamental, Danilo Pinheiro, cirurgião plástico, Nicholas Carrer Guerrero, regente da Sinfonnieta Paulista, e Bruno Honorio, pesquisador de semiótica

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.