ESTA MATÉRIA FAZ PARTE DA REPORTAGEM DE CAPA SEGREDOS DA MAÇONARIA. CONFIRA AS OUTRAS PARTES:
– Como é um ritual de iniciação na maçonaria?
– Qual a simbologia e as regras numa Loja da maçonaria?
– Que momentos da história foram influenciados pela maçonaria?
– Quais as principais teorias da conspiração envolvendo a maçonaria?
Sim. O grupo estabeleceu certos sinais para que membros pudessem se reconhecer sem serem identificados pelas outras pessoas. Isso incluiria gestos, frases e cumprimentos específicos. Alguns desses segredos maçônicos foram revelados por ex-membros ressentidos, em momentos variados da história. Para driblar o problema, a irmandade pode ter estabelecido novos códigos, tornando essas informações desatualizadas. Também há especialistas que acreditam que a própria maçonaria pode ter “vazado” dados falsos para despistar curiosos. Na dúvida, fica a dica: não tente se passar por maçom.
ILUSTRAS André Toma
APERTOS DE MÃO
Existe ao menos um cumprimento específico para cada um dos três graus hierárquicos mais tradicionais. No segundo e terceiro nível, alguns autores descrevem um aperto em duas partes: o “passe” e o “real”, cada um com um nome próprio. Mas não definem como e quando cada um deve ser usado. Para cada aperto há também um diálogo específico, provavelmente, cirado como outro modo de identificar impostores
Aprendiz
A) Real (“Boaz” ): O dedão é pressionado contra a junta do dedo indicador do outro
Companheiro
B) Passe (“Shibboleth”): O dedão é pressionado contra o espaço entre a junta do indicador e a do dedo médio
C) Real (“Jachim”): Após o cumprimento de passe, o dedão é pressionado na junta do dedo médio do colega
Mestre
D) Passe (“Tubalcain”): O dedão é pressionado contra o espaço entre a junta do dedo médio e a do anelar
E)Real (“Ma-Ha-Bone”): Após o Tubalcain, os três dedos medianos são apertados contra o pulso do colega
SINAIS DE AFLIÇÃO
Segundo alguns autores, estes gestos são usados para comunicar que o maçom está em situação de perigo. São ensinados a cada ritual de transição entre os graus. Mas, mais uma vez, pode haver variações específicas em cada tipo de Rito:
1) Guarda do Aprendiz: É ensinada no rito de iniciação do maçom. Deve-se elevar a mão direita espalmada até a garganta, com o dedão esticado para si. Depois, deve-se descansar o braço em posição natural
2) Guarda do Companheiro: Sua forma e função não são consenso entre os estudiosos. A posição mais citada é a mão direita sobre o peitoral esquerdo, com o braço esquerdo ao céu, a mão espalmada e o cotovelo a 90º
3)Guarda do Mestre: Braços elevados ao céu com cotovelos a 90º. Caso não seja possível fazê-lo, deve-se usar uma frase cifrada. Entre as variantes citadas, “Ninguém ajudará os filho da viúva?” e “Vinde a mim, filhos da viúva” (a mãe de Hiram Abif era viúva)
FONTESLivrosEncyclopedia of Freemasoney and Its Kindred ScienceseThe Symbolism of Freemasonry, de Albert G. Mackey;O Livro Secreto daMaçonaria, de Otavio Cohen;Born in Blood – The Lost Secrets of Freemasonry, de John Robinson;Three Distinct Knocks, autor anônimo;Masonry Dissected, de Samuel Prichard;The Brotherhood, de Stephen Knight;Morgan’s Exposure of Free Masonry, de William Morgan;Manual of Freemasonry, de Richard Carlile;Duncan’s Masoic Ritual and Monitor, de Malcom C. Duncan;Low Twelve: By Their Deeds Ye Shall Know Them, de Edward S. Ellis;Pamphlets on Freemasons’ Rituals and Practice in Brazil, da Universidade de Princeton; e General Ahiman Rezon, de Daniel Sickels.Artigos Maçonaria: História e Historiografia, de Celia M. Marinho de Azevedo; eThe Third Degree Tracing Board, de Terry Spalding-Martin. E sitesThe New York Times,Former Masons,Hermetic,freemasonry.bcy.caefreemasons-freemasonry.com